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Brasil

Guerra comercial: China acelera compras da soja brasileira

Apenas na segunda semana de abril, governo chinês contratou 2,4 milhões de toneladas de soja do Brasil
Evelyn Mendes -
Colheita da soja em Mato Grosso do Sul. (Divulgação Aprosoja/MS)

Em meio à escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, a China está acelerando a compra da soja brasileira, como meio de evitar a produção dos Estados Unidos.

De acordo com a Bloomberg- empresa de tecnologia e dados que fornece análises sobre finanças e outros temas- a China comprou uma quantidade maior que o normal da soja do Brasil, primeiro sintoma visível, no , da escalada das tarifas. A soja é a principal alimentação de suínos e aves na China.

Somente nesta semana, o governo chinês contratou 2,4 milhões de toneladas de soja do Brasil, quase um terço do volume médio que a China costuma processar por mês.

O Brasil é o maior exportador de soja para a China, seguido dos Estados Unidos. Metade da receita dos EUA com exportações de soja, vem de embarques para a China.

Segundo especialistas ouvidos pela Bloomberg, esse movimento do governo chinês é importante, mas com ressalvas, visto que a produção brasileira não vai substituir 100% a dos Estados Unidos.

Entre produtores e exportadores, há uma percepção de que o grão brasileiro pode ganhar um espaço maior na China, porém, há uma limitação natural, isto é, enquanto no primeiro semestre o Brasil exporta com maior volume para a China e mais países, os Estados Unidos colhe e vende no segundo semestre.

As incertezas sobre as tarifas recíprocas de Donald Trump, não gera segurança no mercado da soja no segundo semestre de 2025, quando as lavouras americanas começam a ser colhidas.

Colheita

Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento, o Brasil já colheu 85% da lavoura plantada entre 2024/2025. Os dados mais recentes foram divulgados no começo de abril.

Enquanto em Mato Grosso, principal produtor do país, 99,5% da colheita já foi finalizada, no RS, onde a colheita começa a acelerar a partir de agora, só 35% da produção já havia sido colhida.

No seu último relatório para a soja, da semana passada, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Universidade de ) já havia detectado o avanço da demanda internacional por soja brasileira através do crescimento das negociações no mercado spot no fim de março.

Impulsionadas pela valorização do dólar frente ao real — que torna a commodity mais competitiva no exterior — e pela necessidade de caixa dos produtores para custear a próxima , as vendas internas de parte da soja 2024/25 ganharam fôlego nas últimas semanas do mês passado, segundo o Cepea.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do , citados pelo Cepea, o Brasil embarcou 10,25 milhões de toneladas de soja até o dia 21 de março, um salto de 59,5% em relação a fevereiro. A média diária de exportações no período foi 25,2% superior à registrada no mesmo mês do ano passado.

Do lado da colheita, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que, até 23 de março, 76,4% da área plantada com soja no Brasil havia sido colhida — desempenho superior aos 66,3% observados no mesmo período de 2024 e à média de 66,2% dos últimos cinco anos.

*Com informações do jornal UOL

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