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Brasil

Governo Federal quer ter participação mais efetiva na segurança dos Estados, diz Lula

Governadores são resistentes a aprovação da PEC
Agência Estado -
Presidente Lula. (Marcelo Camargo, Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio da Silva disse nesta quinta-feira, 20, que “quase todos os Estados” brasileiros têm um “problema de excesso de violência, muitas vezes da própria polícia”. Lula, no entanto, também disse que “a gente não pode só culpabilizar a polícia”.

Em entrevista à Rádio Tupi FM do , o presidente da República defendeu o uso de câmeras de segurança por policiais. Afirmou, ainda, que a polícia precisa “participar da vida cotidiana da favela”.

“A gente não pode entrar na favela só para matar as pessoas. Queremos que os policiais entrem com câmera para a gente saber se ele vai ser violento ou não, antes de tentar qualquer outra coisa. O tiro deve ser a última coisa que a gente tem que fazer. Agora, se for necessário, em um tiroteio, alguém vai morrer. E a gente não pode só culpabilizar a polícia”, disse o petista.

“Temos um problema de segurança não só no Rio de Janeiro, mas no . Em quase todos os Estados você tem um problema de excesso de violência, muitas vezes da própria polícia, muitas vezes falta dinheiro para a polícia trabalhar”, declarou.

O presidente citou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que o governo federal vem elaborando para tratar da . Disse que o texto foi ajustado após críticas que governadores fizeram em reunião no Palácio do Planalto no ano passado.

“A Constituição afirma categoricamente que a segurança é um problema dos Estados. O que estamos fazendo agora para o governo federal participar ativamente? Nós mandamos uma PEC ao Congresso (na verdade, o governo ainda vai mandar). A PEC foi discutida com todos os governadores. Pretendemos mandar essa PEC, que foi reajustada com a fala dos governadores. Vamos mandar para definir claramente o papel da União na segurança pública”, disse o presidente.

Lula disse, no entanto, que alguns governadores “não querem” que a União tenha participação ativa na segurança dos Estados. Disse que não vai fazer decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para ajudar os Estados na segurança, porque a GLO feita para o Rio de Janeiro gastou muito dinheiro e não resolveu o problema.

“Muitas vezes os governadores não querem, porque a polícia é um pedaço do poder do Estado, e muitas vezes eles não querem que o governo federal se intrometa na segurança dos Estados. De vez em quando me pedem que façam uma GLO. Eu não vou fazer uma GLO, porque a GLO do Rio de Janeiro gastou mais de R$ 2 bi e não resolveu quase nada”, disse.

Lula jogou a responsabilidade ao Congresso em relação à aprovação ou não da PEC da Segurança Pública. Segundo o presidente, se o Congresso trabalhar rapidamente, a proposta pode ser aprovada rapidamente, mas se não trabalhar, “não vai acontecer”.

Como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a cúpula do governo federal avalia que a PEC da Segurança Pública não deve ser aprovada no Congresso e já encara a apresentação do texto quase como um gesto ao eleitorado preocupado com a violência urbana. A PEC foi incluída na lista de prioridades do Executivo para este ano, mas sofre forte resistência de governadores e outras forças políticas antes mesmo de ser enviada ao Legislativo.

A elaboração da PEC partiu do ministro da Justiça, . A ideia inicial era transformar a Polícia Rodoviária Federal em uma polícia ostensiva com alcance maior do que as rodovias administradas pelo governo federal e aumentar a responsabilidade da União sobre a segurança pública. Diversos governadores afirmaram que a proposta interferiria na administração de órgãos de segurança estaduais.

Em 15 de janeiro, Lewandowski apresentou a última versão da PEC, após meses de discussão com os governadores. O texto está atualmente na Casa Civil. O ministro da Justiça falou publicamente que gostaria de enviar a proposta ao Legislativo ainda no primeiro semestre. A reportagem apurou que não há uma data prevista para o projeto deixar a Casa Civil.

*Por Evelyn Mendes

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