Pular para o conteúdo
Brasil

Entidades lançam manifesto contra alteração de controle da Meta

O texto diz ainda que a Meta ataca de forma aberta os esforços democráticos de nações
Agência Estado -
Agência Brasil

A Coalizão Direitos na Rede divulgou nesta quarta-feira (8) um manifesto contra a alteração nas políticas de moderação da Meta – controladora das plataformas Facebook, Instagram e Threads.

A big tech anunciou, nesta semana, o fim do programa de checagem de fatos que verifica a veracidade de informações que circulam nas redes; o fim de restrições para assuntos como migração e gênero; e a promoção de “conteúdo cívico”, entendido como informações de teor político-ideológico.

“Sob o pretexto de ‘restaurar a liberdade de expressão’, as propostas delineadas não apenas colocam em risco grupos vulnerabilizados que usam esses serviços, mas também enfraquecem anos de esforços globais para promover um espaço digital um pouco mais seguro, inclusivo e democrático”, diz o texto assinado por mais de 75 entidades.

“A empresa sinaliza que não terá mais ações de moderação de conteúdos contra desinformação, discurso de ódio e outras políticas de proteção a favor das pessoas mais vulnerabilizadas. O CEO da Meta explicitamente admite aceitar os riscos de que essas novas políticas possam filtrar menos conteúdos nocivos do que as anteriores”, acrescenta o texto.

O documento é assinado, entre outras entidades, pelo Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia (ABJD), Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), Ação Educativa, e Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

De acordo com o texto, atualmente, já são falhas as políticas de moderação de conteúdo das redes da Meta, tornando possíveis práticas de violência de gênero, ações contra a proteção de crianças e adolescentes, e permitindo o crescimento de grupos que propagam discurso de ódio e desinformação.

Para a coalizão, as novas medidas propostas pioram a situação ao negligenciar os impactos reais dessas práticas de violência online, “além de abrir caminho para a proliferação de conteúdos prejudiciais que desestabilizam sociedades e minam processos democráticos”.

O texto diz ainda que a Meta ataca de forma aberta os esforços democráticos de nações em proteger suas populações contra os danos provocados pelas big techs. “Com isso, prioriza, mais uma vez, os interesses estadunidenses e os lucros de sua corporação em detrimento da construção de ambientes digitais que prezam pela segurança de seus consumidores”.

“O anúncio [da Meta] é emblemático de um problema estrutural: a concentração de poder nas mãos de corporações que atuam como árbitros do espaço público digital, enquanto ignoram as consequências de suas decisões para bilhões de usuários. Esse retrocesso não pode ser visto como um mero ajuste de políticas corporativas, mas como um ataque frontal desse monopólio de plataformas digitais às conquistas de uma internet mais segura e democrática”.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Campo Grande recebe Caravana das Juventudes nesta sexta

Marta é apontada como a melhor jogadora de futebol da história; veja ranking

Familiares procuram por idoso que desapareceu na região da Júlio de Castilho

BR Feminino: Palmeiras e Inter fecham 11ª rodada com empate

Notícias mais lidas agora

Consórcio Guaicurus pede multa milionária ao município por ‘atraso’ no reajuste da tarifa

br 163 duplicações rodovia quilômetro

Com 18 acidentes por km nos últimos 11 anos em MS, trecho da BR-163 vai a leilão na quinta

superlotação janine cpi

Ex-prestador de serviços do Consórcio Guaicurus, Janine nega superlotação de ônibus

Curso gratuito de assistente administrativa abre nova turma no Jardim Canguru

Últimas Notícias

Polícia

Campanha contra violência doméstica e feminicídio é lançada no próximo dia 29 em MS

De janeiro a maio de 2025, o dossiê aponta o registro de oito feminicídios

Brasil

Instituto abre inscrições para projeto de astronomia para meninas

As atividades online são conduzidas por "fadas madrinhas"

Polícia

R$ 2,3 milhões em cigarros contrabandeados são apreendidos em Dourados

Caçamba carregada com mais de 42 mil pacotes de cigarros contrabandeados

Mundo

Venezuela proíbe voos da Colômbia após prisões em suposta conspiração

30 pessoas que supostamente estavam planejando atividades para desestabilizar o país