Isabela Rebouças Maia, juíza da comarca de Cavalcante (GO), se casou em uma cerimônia coletiva na comunidade quilombola Kalunga, o maior quilombo do país. O casamento aconteceu na quinta-feira (25), e contou com a união de 49 casais.
O casamento foi algo inesperado e a decisão foi tomada em meio a uma reunião para organizar a cerimônia coletiva. Até então, a magistrada seria apenas a celebrante do evento, que faz parte do projeto Raízes Kalungas – Justiça e Cidadania. O projeto é promovido pelo Tribunal de Justiça de Goiás.
A juíza se casou com o professor Erik Leoni, e participou da solenidade, que contou com jantar comunitário e festa aberta a toda a comunidade.
Ao terminar a cerimônia que selou a união dos 49 casais, a magistrada compartilhou o sentimento com os moradores da comunidade.
“É uma emoção muito grande poder casar junto à comunidade, que há seis meses eu faço parte, com as pessoas da região que me acolheram maravilhosamente bem. Foi um dia de muita emoção, felicidade. As noivas se arrumaram todas juntas, fizemos maquiagem, cabelo, todas no mesmo ambiente, conversamos, choramos, rimos, todo mundo nervoso, compartilhando que estava tremendo demais. É uma sensação ímpar, porque é incrível saber que hoje é um dia importante para mim, mas também é um dia muito importante para os outros casais” declarou.
Quem é Isabela?
A magistrada é natural de Salvador (BA), e se mudou para Goiás assim que foi aprovada em um concurso público. Isabela tomou posse em novembro de 2024, e atua como juíza da comarca desde março deste ano.
O noivado de Isabela com Erick aconteceu um mês após ela tomar posse. Segundo Isabela, o noivo aceitou de imediato casar na cerimônia coletiva.
Maior quilombo do Brasil
O quilombo Kalunga é reconhecido desde 1991 pelo Governo de Goiás, e fica localizado entre os municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás.
O território conta com mais de 230 mil hectares, e é o maior do Brasil, com mais de 8 mil pessoas na comunidade.
A comunidade tem forte impacto na preservação do Cerrado, visto que a mata nativa permanece intacta.
Em 2021, se tornou o primeiro território a ser reconhecido como Ticca (Território e Área Conservada por Comunidades Indígenas e Locais), título concebido pela ONU (Organização das Nações Unidas).
*Com informações de agência de notícias
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