Deputados pediram desculpas pelos seus votos a favor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem, que visa proteger os próprios parlamentares contra a abertura de processos penais no STF (Supremo Tribunal Federal). Durante esta semana, alguns se retrataram nas redes sociais alegando estarem arrependidos da escolha.
A deputada Silvye Alves (União Brasil-GO) afirmou que seu voto foi um “erro gravíssimo” e que sofreu pressão de “pessoas influentes do Congresso”.
“Comecei a receber muitas ligações de pessoas influentes do Congresso, se é que vocês me entendem. Ligaram dizendo que, [com] a votação contra, eu sofreria retaliações […]. Eu fui covarde e cedi à pressão, pro volta de quase 23h, eu mudei meu voto. Eu quero pedir perdão”, disse a deputada.
Outro que se manifestou nas redes para se desculpar foi Merlong Solano (PT-PI), que afirmou ter cometido “grave equívoco”. Ele se justificou dizendo que o voto foi uma tentativa de manter o diálogo entre o Partido dos Trabalhadores e a presidência da Câmara.
“Meu objetivo era ajudar a impedir o avanço da anistia e viabilizar a votação de pautas importantes para o povo brasileiro, como a isenção do Imposto de Renda, a MP do Gás do Povo, a taxação das casas de apostas e dos super-ricos, além do Plano Nacional de Educação”.
Já o deputado Pedro Campos (PSB-PE), que também pediu perdão pelo voto a favor da PEC da Blindagem, disse que pretendia impedir o boicote a pautas importantes para o governo Lula. No entanto, o irmão do prefeito de Recife confessou que a estratégia não foi o “melhor caminho”.
“A PEC passou do jeito que nós não queríamos, inclusive com a manobra para voltar o voto secreto que nós já tínhamos derrubado em votação. Por isso, tenho a humildade de reconhecer que não escolhemos o melhor caminho. Saímos derrotados na votação da PEC e na votação da anistia”, completou.
Deputados de MS se dividiram
O texto da PEC da Blindagem foi aprovado pela Câmara em dois turnos: 353 a 134 votos no primeiro, e 344 a 133 no segundo. Agora, seguirá para análise do Senado, onde deve ter resistência.
De Mato Grosso do Sul, três deputados votaram contra o texto: Vander Loubet (PT), Geraldo Resende (PSDB) e Camila Jara (PT). Por outro lado, os parlamentares Dagoberto Nogueira (PSDB), Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL), Luiz Ovando (PP) e Beto Pereira (PSDB) foram a favor da PEC.
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