Desde o golpe milionário aplicado em dezenas de policiais e bombeiros endividados, Graziela Coutinho Barreto, 41 anos, desapareceu.

A mulher investigada em três inquéritos instaurados na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não atende mais a ligações e não responde às mensagens dos clientes que amargaram prejuízo estimado em quase R$ 3 milhões.

“Grazi”, como era conhecida, se separou do então companheiro, um escrivão aposentado da PCDF, logo após a notícia dos golpes vir à tona. Em seguida, ela não foi mais vista no Distrito Federal. Algumas vítimas chegaram a ter notícias de que a mulher teria desembarcado em João Pessoa, na Paraíba. No entanto, não há confirmação exata nesse sentido.

O caso é apurado pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf).

O caso

De acordo com as investigações, Graziela aproveitou a proximidade com a categoria para fingir que teria facilidade de renegociar dívidas com bancos públicos e privados.

Ela prometia reduzir em até 40% os valores de empréstimos consignados e financiamentos feitos por policiais civis e militares, além de praças do Corpo de Bombeiros.

Articulada, a golpista montou um grupo no WhatsApp e adicionou vários agentes aposentados e da ativa que estavam endividados.

A mulher ganhou a confiança dessas pessoas e garantiu que “conhecia caminhos” para reduzir dívidas em até 40% contraídas por meio de direitos creditórios, espécie de títulos representativos de direitos, originados por contratos mercantis de compra e venda de produtos, mercadorias ou serviços.