Janeferson Aparecido Mariano Gomes, de 48 anos, foi morto a princípio a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital) na Penitenciária de Presidente Venceslau (SP). Além dele, Reginaldo Oliveira de Souza, 48 anos, também foi morto.

Os dois presos eram considerados homens fortes na facção criminosa e estavam envolvidos no plano de sequestro do senador Sergio Moro (União Brasil). A morte ocorreu durante o banho de sol, após o almoço.

Conforme o colunista da Uol, Josmar Jozino, os presos foram mortos a facadas. Os responsáveis se entregaram logo após os homicídios.

Ainda conforme o jornalista, os presos teriam ‘falado demais’, por isso foram mortos pelo PCC.

A célula da facção criminosa PCC a que os presos pertenciam, denominada ‘Restrita’ – que reúne membros da alta cúpula da facção especializados na identificação de alvos de ataques – construiu um cofre em um apartamento localizado em Campo Grande.

O compartimento foi feito para guardar fuzis que seriam usados no plano de atentado contra o ex-juiz e senador Sérgio Moro. Os envolvidos foram presos pela Polícia Federal, na Operação Sequaz.

Assim, a investigação revela que os membros do PCC mantinham conversas cifradas em que davam apelidos para que o plano de ataque não fosse descoberto.

Mato Grosso do Sul vira ‘México’

Em uma das conversas, um membro conhecido como ‘Dodge’ fala com sua namorada e pede para que ela tire print dos códigos que ele vai enviar. Mato Grosso do Sul recebeu o apelido de ‘México’.

Já o senador Sérgio Moro foi apelidado de ‘Tokio’ e o crime de sequestro de ‘Flamengo’.

Ainda foram descobertas várias anotações, cadernos, em que havia a contabilidade de gastos com toda a operação de sequestro do senador pelo Paraná, Sérgio Moro.

Em Campo Grande, havia detalhamento de despesas: 110 Duda México (fuzil mais quadrado), logo abaixo na lista havia outras despesas relacionadas, $12 mil viagens falsamente, $50 início Flamengo, além de despesas com carro, motorista e aluguéis.