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Brasil

Polícia Federal apreende cerca de R$ 190 mil com ex-ajudante de Bolsonaro

Operação Venire investiga suspeita de fraude na carteira de vacinação de Bolsonaro, filha e assessores
Gabriel Maymone -
Cid Barbosa
Ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. (Foto: Alan Santos/PR)

A Polícia Federal apreendeu 35 mil dólares em vivo na casa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A prisão ocorreu nesta quarta-feira (3), no contexto da Operação Venire, que apura suspeita de fraude na carteira de vacinação de Bolsonaro, da filha e de assessores.

Na casa de Cid, os agentes encontraram notas de dólares que somaram 35 mil e 16 mil reais em notas. Com a cotação atual, o total representa cerca de R$ 190 mil.

Ele é homem de confiança de Bolsonaro até para assuntos pessoais e prestou depoimento à PF no início da tarde desta quarta-feira.

Além disso, o tenente-coronel também é investigado no caso das joias sauditas, por tentar reaver os itens que entraram ilegalmente no país.

Operação Venire

A casa de Bolsonaro é alvo de buscas nesta manhã. O celular de Bolsonaro foi apreendido. Ao todo, 16 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão preventiva são cumpridos.

De acordo com a Polícia Federal, não há mandado de prisão contra o ex-presidente. A corporação apura a atuação de uma associação criminosa que tinha como prática inserir dados falsos de vacina contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19”, diz a PF em nota.

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal. E, segundo a PF, quatro crimes são investigados: infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Quem é Mauro Cid?

Com acesso livre ao Planalto nos últimos quatro anos, Mauro Cesar Barbosa Cid, o Mauro Cid ou “coronel Cid”, se consolidou como ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Envolvido em polêmicas com o youtuber Allan dos Santos, com o caso das joias – relevado pelo Estadão – e até mesmo suposto pivô da demissão de um general do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o tenente-coronel do Exército foi preso na manhã desta quarta-feira (3), no bojo de uma operação sobre a inserção de dados falsos de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.

O pai do coronel Cid, o general Mauro Cesar Lourena Cid, foi amigo do ex-presidente na das Agulhas Negras e a relação se estendeu para outros membros da família. Durante o governo Bolsonaro, o coronel teve livre acesso ao gabinete presidencial, ao e até mesmo ao quarto ocupado pelo ex-chefe do Executivo nos hospitais, após cirurgias.

A atuação do discreto assessor presidencial ganhou os holofotes, porém, depois que vieram à tona suas conversas no WhatsApp com o blogueiro Allan dos Santos, do Terça Livre, no inquérito aberto para investigar a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, como revelou o Estadão. Em depoimento prestado, Mauro Cid declarou à PF que não se recordava de “ter estabelecido” conversas com Allan dos Santos sobre a “necessidade de intervenção das Forças Armadas” e negou apoiar a ideia.

Cid também esteve envolvido no caso das joias avaliadas em R$ 16,5 milhões que Bolsonaro trouxe ilegalmente para o Brasil. Como mostrou o Estadão, o ajudante de ordens e “faz-tudo” do ex-presidente foi o primeiro a ser escalado para resgatar pessoalmente joias e relógio de diamantes.

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