Em rede nacional, o presidente em exercício Hamilton Mourão (Republicanos) fez discurso conciliatório em favor da democracia, criticou atos que fomentam discurso golpista e ações antidemocráticas. O discurso neste 31 de dezembro, último dia de mandato do atual governo, acontece logo após o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixar o país e ir para os EUA (Estados Unidos da América).

“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e desagregação social e, de forma irresponsável, deixaram com que as Forças Armadas, de todos os brasileiros, pagassem a conta, para alguns por inação e por outros por fomentar um pretenso golpe”, disse.

Mourão exaltou a democracia e fez referências a falta de confiança de parte da população em relação as instituições públicas. “A alternância do poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada. Aos eleitos, cumpre o dever de dar continuidade aos projetos iniciados e direcionar seus esforços para que, à luz de suas propostas”.

“A falta de confiança de parcela significativa da sociedade nas principais instituições públicas decorre da abstenção intencional desses entes do fiel cumprimento dos imperativos constitucionais”.

O presidente em exercício também afirmou que a oposição deve ser feita, porém, dentro das regras do regime democrático.

“Aos que farão oposição ao governo que entra, cumprirá a missão de opor-se a desmandos, desvios de conduta e a toda e qualquer tentativa de abandono do perfil democrático e plural, duramente conquistado por todos os cidadãos. Buscando-se a redução das desigualdades por meio da educação isenta e eficaz, criando oportunidades iguais a todos os brasileiros”.

No discurso, Hamilton Mourão admitiu que houve “percalços” na área ambiental. “Nem todas as empreitadas obtiveram o sucesso que almejávamos. Na área ambiental, por exemplo, tivemos percalços, embora tenhamos alcançado reduções importantes no desmatamento da Amazônia, a região ainda necessita de muito trabalho e de cuidados específicos, engajando as elites e as comunidades locais, cortejadas permanentemente pela sanha predatória oriunda dos tempos coloniais”.