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Brasil

Diretor-geral da PF é exonerado; nº 2 do Ministério da Justiça é o substituto

Em seu lugar, entrará um homem de confiança do atual ministro da Justiça, Anderson Torres
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Paulo Maiurino foi exonerado do cargo de diretor-geral da PF
Paulo Maiurino foi exonerado do cargo de diretor-geral da PF

O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Paulo Maiurino, foi exonerado do cargo, em uma decisão que pegou de surpresa a classe de delegados. Quarto dirigente da PF no mandato do presidente Jair Bolsonaro, o delegado havia assumido o cargo em abril de 2021. Em seu lugar, entrará um homem de confiança do atual ministro da Justiça, Anderson Torres.

O novo diretor da PF será o delegado Marcio Nunes de Oliveira, que é amigo do ministro, ingresso na Polícia Federal na mesma geração e ocupava atualmente o cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça. Com o apoio de Bolsonaro, o ministro Anderson Torres que deve deixar o posto para disputar eleição ao Senado pelo em outubro.

Ainda sem motivo informado, a mudança tornará o comando da Polícia Federal mais próximo do ministro da Justiça, Anderson Torres, que, apesar de ser delegado, é bastante político e transita bem no Congresso e é amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro.

Delegados ouvidos reservadamente pelo Estadão disseram que a troca foi inesperada, pois não havia rumores de mudança no cargo. Maiurino ficou apenas dez meses no cargo. Seu antecessor, Rolando Souza, por sua vez, durou onze meses. Agora ex-diretor da Polícia Federal, Maiurino recebeu como “prêmio de consolação” a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad).

As mudanças foram tornadas públicas em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) publicada na tarde desta sexta-feira, 25. O ministro da Justiça, Anderson Torres, em seguida, foi ao informar que “convidou” Paulo Maiurino para assumir a “relevante função de secretário da Senad”. Na mesma mensagem, disse que o novo diretor-geral da PF, Márcio Nunes, deixa um “grande legado” como secretário-executivo do Ministério da Justiça.

Nos bastidores da Polícia Federal, delegados comentam que a ida de Paulo Maiurino para a Direção-Geral da Polícia Federal foi por uma indicação interna, que o ministro Anderson Torres aceitou. Mas há relatos divergentes sobre o relacionamento entre os dois: parte dos delegados diz que eles eram bem alinhados, outra parte diz que não tinham uma relação próxima.

O novo diretor-geral, porém, é afinadíssimo com Anderson Torres. Márcio Nunes de Oliveira foi superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal e é respeitado dentro da instituição.

A gestão de Paulo Maiurino na Polícia Federal ficará marcada por desentendimentos com delegados. Ele demitiu, por exemplo, o delegado Hugo de Barros Correia um dia após ficar sabendo de última hora da realização de uma operação que envolvia aliados bolsonaristas.

Repercussão

Os peritos criminais federais, importante braço da PF que cuida exclusivamente da análise de documentos e outras provas que abastecem os inquéritos de polícia judiciária, receberam com ‘preocupação’ mais uma troca no topo da instituição. Maiurino é o terceiro diretor- geral que se despede do cargo no governo Jair Bolsonaro, o que indica instabilidade em um órgão crucial para o Palácio do Planalto. Antes dele, os delegados Maurício Valeixo (era Sérgio Moro como ministro da Justiça) e Rolando Alexandre ocuparam a cadeira número 1 da PF.

O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Marcos Camargo, ressaltou que mudanças frequentes na chefia da PF fragilizam a instituição. “A prerrogativa de mudar a direção da PF não deve ser confundida com uma espécie de carta branca para destituir, em períodos tão curtos e sem apresentação de critérios objetivos, os dirigentes máximos do órgão”, ressaltou, em nota.

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