Pular para o conteúdo
Brasil

STF decide destino de ações penais de Lula e parcialidade de Moro nesta quinta

O petista já está elegível e apto a disputar as próximas eleições presidenciais
Arquivo -

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve definir, nesta quinta-feira (22), o destino de quatro ações penais que miram no ex-presidente Luiz Inácio da Silva, decidindo se os casos serão encaminhados à Justiça Federal do Distrito Federal ou à de São Paulo, onde ganharão uma “segunda vida”. Mais do que uma questão meramente processual, o entendimento sobre o destino geográfico das investigações trará impactos no rumo das apurações e pode redesenhar o cenário jurídico do petista.

Desde a semana passada, o plenário do STF está examinando, de forma fatiada, todos os pontos levantados na decisão individual do ministro Edson Fachin, que abalou o meio político ao anular as condenações de Lula, mandar os casos do petista para a Justiça Federal do DF e arquivar a suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro. O julgamento será retomado na tarde desta quinta-feira, às 14h.

Por 8 a 3, os ministros já entenderam que as investigações do ex-presidente – nas ações do do Guarujá, sítio de Atibaia e outras duas, que miram o Instituto Lula – não devem ficar com a Justiça Federal de , por não terem uma ligação direta com o bilionário esquema de corrupção investigado no âmbito da Operação Lava Jato. Dessa forma, o petista já está elegível e apto a disputar as próximas eleições presidenciais.

Agora, os ministros vão decidir outras duas questões, ainda em aberto: qual o destino dos processos de Lula (Brasília ou São Paulo) e se a suspeição de Moro deve ser ou não arquivada. No entendimento de Fachin, a Justiça Federal do DF deve herdar as apurações. Na decisão individual de 46 páginas que redesenhou a disputa eleitoral de 2022, o ministro também autorizou que o futuro juiz que receber os processos confirme todos os atos tomados por Curitiba nas investigações, o que aceleraria o andamento dos trabalhos.

Suspeição

A suspeição de Moro é uma questão estratégica para o futuro da Lava Jato e do desdobramento das ações de Lula. Se o plenário mantiver de pé a decisão da Segunda Turma que declarou Moro parcial, o reaproveitamento do trabalho feito em Curitiba não será possível na ação do triplex do Guarujá, por exemplo, já que a parcialidade do ex-juiz teria contaminado todo o processo. O caso, então, voltaria à estaca zero.

Para Fachin, no entanto, se Curitiba não tinha competência para julgar Lula e se já foi anulada a condenação que Moro impôs ao ex-presidente da República, não faz mais sentido analisar a atuação do ex-juiz na ação do triplex. Por isso que o relator da Lava Jato vai insistir em arquivar a suspeição de Moro, como uma forma de reduzir danos, blindar as investigações e tentar preservar o trabalho feito pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

Segundo o Estadão apurou, o Supremo deve se dividir sobre a questão de Moro, mas a expectativa de integrantes da Corte é a de que os ministros mantenham o entendimento da Segunda Turma do STF, que considerou Moro parcial ao condenar o petista a nove anos e meio de prisão na ação do triplex. Sobre o destino dos casos, uma ala da Corte vê com simpatia a ideia de transferir os casos não para a Justiça Federal do DF, como determinou Fachin, e sim para São Paulo, como quer a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Inexistem razões para o encaminhamento dos autos à Seção Judiciária do Distrito Federal, na medida em que os casos em questão – casos ‘triplex’, ‘sítio de Atibaia’, ‘sede do Instituto Lula’ e ‘doações ao Instituto Lula’ – abrangem fatos relativos a imóveis e instituto sediados no Estado de São Paulo”, apontou a subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araujo, ao entrar com recurso no Supremo contra a decisão de Fachin.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

VÍDEO: Indígenas apontam arma para motoristas após cacique morrer atropelado em Coronel Sapucaia

‘Conseguimos reaquecer a diplomacia e abrir caminhos’, diz comitiva brasileira nos EUA

Vetter aproxima MS do mar com projetos de alto padrão em praias preservadas

Samir Xaud, presidente da CBF, é alvo de operação da PF que investiga crimes eleitorais

Notícias mais lidas agora

flexpark ação

Campo Grande contesta perícia de indenização ao Flexpark e alega que valor é R$ 1,8 milhão menor

Câmeras mostram Raquel no banco da frente antes de ser jogada na vala pelo amante

Prefeita anuncia mais cortes de gastos em secretarias de Campo Grande

Carla Zambelli deve cumprir pena no Brasil, defende Resende sobre prisão de deputada na Itália

Últimas Notícias

MidiaMAIS

Galã de novelas, Thiago Lacerda vem a MS para cerimônia importante

Confira detalhes da vinda do ator ao Estado

Cotidiano

Romaria comemora aniversário de 100 anos do Colégio Auxiliadora em Campo Grande

Unidade Salesiana convida ex-alunos e educadores para a celebração do aniversário centenário

Transparência

Auditoria na Funsaud de Dourados entra na reta final e deve definir rumos da saúde municipal

Relatório é aguardado com grande expectativa, pois deverá apresentar um panorama completo da situação da fundação que opera no vermelho há 10 anos

Polícia

VÍDEO: Trecho da BR-163 é interditado para reforma em cratera na via

Um andarilho teria ateado fogo em uma galeria de drenagem sob a rodovia