Pular para o conteúdo
Brasil

Procuradoria vai à Justiça para regularizar fornecimento de imunoglobulina no SUS

Medicamento é usado em pacientes com problemas de imunodeficiência, infecções bacterianas e virais graves, incluindo o coronavírus
Arquivo -
Remédio é produzido a partir de plasma humano
Remédio é produzido a partir de plasma humano

O Ministério Público Federal entrou com ação civil pública para que o Ministério da Saúde normalize a aquisição e posterior distribuição de imunoglobulina humana no Sistema Único de Saúde (SUS). O abastecimento da medicação está irregular desde 2019, quando o contrato com um fornecedor nacional foi descontinuado.

Usado em pacientes com problemas de imunodeficiência e também pessoas com infecções bacterianas e virais graves, incluindo por coronavírus, o medicamento é produzido a partir de plasma humano. Há poucos fornecedores no País, que dependem de insumos importados. As informações foram divulgadas pela Procuradoria.

De acordo com o MPF, o Ministério da Saúde adquire a imunoglobulina exclusivamente de empresas estrangeiras, cujos produtos não possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, desde 2020.

“As compras são feitas com base em autorizações excepcionais, que têm sido prorrogadas indefinidamente. Isso gera uma situação de risco para os pacientes, já que a análise excepcional não é a mesma que aquela realizada quando um medicamento é registrado. Além disso, o desabastecimento foi apenas atenuado. Frequentemente há relatos de indisponibilidade do medicamento no SUS”, frisou a Procuradoria em nota.

O órgão indica que o quadro se agravou com a pandemia de coronavírus, considerando que o número de doadores de plasma caiu drasticamente em todo o mundo, o que elevou o preço do produto. Em paralelo, houve aumento da demanda, já que a imunoglobulina humana é usada para tratar alguns casos de covid-19, indica ainda o MPF.

Em meio a esse contexto, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) reduziu o Preço Máximo de Venda ao Governo (PMVG), que passou de R$ 1.046,71 para R$ 1.003,01.

“As empresas nacionais, que comumente vinham participando dos processos licitatórios para fornecimento do medicamento ao Ministério da Saúde, hoje já não têm mais interesse em comercializar esse produto no Brasil face aos custos de sua produção e a defasagem em relação ao preço de compra oferecido pelo governo federal”, ressalta o MPF.

A Procuradoria pede à Justiça que defira uma obrigando a União a apresentar um plano de ação, a ser executado em seis meses, “para a solução definitiva do fornecimento, seja com o incentivo para o registro de novos medicamentos junto aos órgãos sanitários nacionais, seja com a revisão do preço máximo de venda ao governo, seja por meio de negociação com fabricantes brasileiros, seja de outra forma que entender adequada, desde que garanta o fornecimento de medicamento seguro e eficaz em território nacional”.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
olimpiadas

Hugo Calderano despacha alemão e avança à semifinal do WTT Champions de Macau

Ministério da Saúde cria comitês para monitorar implantação de terapia para AME no SUS

FALA POVO: Alunos da Orquestra Jovem do Sesc Lageado apresentam músicas clássicas

Objeto lançado na rede elétrica deixou diversos bairros de Campo Grande no escuro

Notícias mais lidas agora

terenos contas

Em 5 anos, Câmara de Terenos só votou contas do prefeito uma vez; TCE-MS reprovou todas

Onde foram parar as lan houses? Empreendimento ainda tem ‘pé’ no passado, mas se reinventou

Idade média dos ônibus supera em mais de 3 anos limite exigido em contrato, acusa CPI

Fátima Bernardes diz não ter conselhos para sucessor do ‘Jornal Nacional’: ‘Experientes’

Últimas Notícias

Cotidiano

FALA POVO: grupo de rap ‘Voz do Gueto’ garante música boa no Lageado

Grupo formado por pai e filhos cantam sobre cultura na periferia

Política

Mais da metade dos eleitores não possuem ensino médio completo em MS

Dados do Tribunal Regional Eleitoral indicam que mais de 1 milhão de eleitores não concluíram o Ensino Básico

Cotidiano

Empresas podem monitorar o home office? Entenda polêmica que gerou mil demissões no Itaú

As demissões ocorreram devido à ‘baixa aderência ao home office’, identificada a partir do monitoramento das máquinas corporativas

Esportes

Destaque do wrestling, Thamires Machado é flagrada no antidoping e fica fora do Mundial

Exame foi realizado durante o Ranking Series de Budapeste, no qual a brasileira conquistou a medalha de ouro