Pular para o conteúdo
Brasil

PDT aciona e STF dá 10 Dias para Lira explicar ato que anulou bloco de Baleia

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 10 dias para a Câmara dos Deputados apresentar informações sobre o ato que anulou o registro do bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato derrotado pelo líder do Centrão, Arthur Lira (Progressistas-AL), na disputa pela Casa. Toffoli também pediu à Procuradoria-Geral da República […]
Arquivo -

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 10 dias para a Câmara dos Deputados apresentar informações sobre o ato que anulou o registro do bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato derrotado pelo líder do Centrão, Arthur Lira (Progressistas-AL), na disputa pela Casa. Toffoli também pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) a elaboração de um parecer sobre o caso.

Na última segunda-feira (1), o PT registrou o partido no bloco de Baleia depois do fim do prazo regimental, alegando problemas no sistema interno da Câmara. Aliados do novo presidente afirmam que o MDB, que também integra o bloco de Baleia, teria cometido um segundo erro no sistema para formalizar o bloco.

O então presidente da Câmara, (DEM-RJ), aceitou as justificativas, o que provocou um embate com Lira. Minutos após vencer a eleição da Câmara e fazer um discurso de conciliação, Lira anulou o ato de seu antecessor, numa tentativa de esvaziar o poder do grupo de seu adversário.

O novo presidente da Câmara decidiu não considerar a formação do bloco de dez partidos que apoiou Baleia. Além de eleger o presidente, os deputados iriam definir a composição da chamada , grupo formado por outros seis parlamentares – sem contar os suplentes – que participam das decisões de comando do Legislativo, desde medidas administrativas a questões políticas, como a aceitação de um pedido de cassação.

“Notifique-se a autoridade apontada como coatora (a Câmara dos Deputados) para que preste informações no prazo de dez dias. Dê-se ciência à Advocacia-Geral da União para que, querendo, ingresse no feito (art. 7º, inc. II, da Lei nº 12.016/09). Por fim, abra-se vista à douta Procuradoria-Geral da República para elaboração de parecer”, determinou Toffoli.

A ação partiu individualmente do PDT, sem as assinaturas dos demais partidos. Apesar da indignação, o bloco derrotado ainda não apresentou nenhuma ação ao STF, até a tarde desta terça. Os líderes tentam um acordo político com Lira que pode devolver os espaços perdidos. A se confirmar o acordo e recuo do novo presidente, o PDT deve retirar a ação proposta ao STF.

Procurado pela reportagem via assessoria de imprensa, Lira afirmou: “Trabalho para que todos os acordos sejam feitos, como sempre defendi”.

Divisão de vagas

Ao anular o registro do grupo de Baleia, Lira mudou a divisão dos blocos partidários que se aglutinaram para disputar a eleição interna. As vagas na Mesa Diretora são distribuídas conforme a proporção das bancadas.

Quando os partidos estão unidos em bloco funcionam como se fossem uma bancada única. Assim, os blocos têm prioridade na escolha das vagas na Mesa, pelo critério da proporcionalidade. As cadeiras ficam com os partidos maiores dentro desse bloco.

Ao indeferir o bloco de Baleia, Arthur dissolveu o grupo, que perdeu prioridade na escolha dos postos-chave.

Na prática, a decisão do novo presidente passava cinco dos seis cargos mais importantes para governistas. Apenas o PT, por ser uma das maiores bancadas individuais, manteria um assento. No entanto, não teria mais a primeira, mas a quarta-secretaria.

‘Flagrante abuso de autoridade’

Para o PDT, Lira agiu em “flagrante abuso de autoridade”, ao utilizar o cargo de presidente da Câmara para realizar uma “manobra política”.

“O respectivo ato está em dissonância com a sua pauta lançada na disputa da presidência, em que pautava uma gestão participativa, colegiada, mas ao ser eleito desconfigurou o seu tom e passou a tomar decisões arbitrárias e voluntaristas em desrespeito as forças partidárias existentes e contrariando, notadamente, os parâmetros legais e malferindo os direitos subjetivos dos parlamentares”, acusa o partido.

Segundo o PDT, Lira agiu com “clarividente motivação política, e consequentemente abuso de autoridade, contrariando à lei e ao interesse público o que não se pode ser tolerado em um estado democrático de direito”.

“A decisão proferida pelo Presidente da Câmara dos Deputados evidencia o caráter autoritário que norteará o mandato, notadamente porque, na prática, a decisão do Arthur Lira permite que 05 (cinco) das 06 (seis) principais vagas na Mesa Diretora sejam ocupadas por parlamentares do seu grupo político”, afirma a legenda.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Flamengo sofre gol no fim e deixa escapar boa vantagem diante do Estudiantes na Libertadores

Assaltantes armados são presos na região de fronteira

Lula se reunirá com Celso Sabino após União exigir saída do governo em 24 horas

Mulher viveu em cárcere privado por mais de 20 anos no Paraná

Notícias mais lidas agora

claudinho

STJ manda soltar Claudinho Serra após 105 dias preso por chefiar corrupção em Sidrolândia

Falhas na denúncia do MPMS livram empresário de ação por fraudar licitações

Policiais civis dizem que remoções são retaliações após críticas sobre plantões na Deam

TipStrike revoluciona a análise esportiva com previsões de futebol baseadas em estatísticas

Últimas Notícias

Polícia

Homem morre ao cair de carro em movimento em estrada vicinal

O motorista apresentava sinais visíveis de embriaguez

Polícia

Homem é preso por esfaquear e agredir companheira

A vítima disse que as agressões são recorrentes

Mundo

Terremoto atinge a Rússia e dispara alerta breve de tsunami

Sistema de Alerta de Tsunami do Pacífico emitiu brevemente uma ameaça de tsunami

Polícia

Mulher morre no hospital um mês após acidente causado por motorista bêbado

O bafômetro indicou 0,71 mg/L de álcool no organismo