Pular para o conteúdo
Brasil

Líder de Bolsonaro na Câmara fez emenda que viabilizou importação da Covaxin

Em fevereiro, o líder do governo apresentou a emenda 117/2021 à medida provisória 102
Arquivo -

O deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, foi o autor da emenda que viabilizou a importação da vacina indiana Covaxin, da farmacêutica Bharat Biotech.

Em fevereiro, o líder do governo apresentou a emenda 117/2021 à medida provisória 1026. A MP editada pelo governo permitiu que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desse “autorização para a importação e distribuição de quaisquer vacinas” e medicamentos não registrados na agência, desde que aprovadas por autoridades sanitárias de outros países.

A emenda de Barros incluiu a Central Drugs Standard Control Organization (CDSCO), da Índia, na lista de agências habilitadas A CDSCO que deu o aval à Covaxin.

Em nota enviada na terça-feira, 22, Ricardo Barros disse que “não houve qualquer interferência do Palácio do Planalto no assunto” e que “a inclusão do órgão de saúde da Índia no artigo 16 da MP também foi motivo de emendas dos deputados Orlando Silva e Renildo Calheiros (ambos do PCdoB, partido de oposição)”

As propostas de emendas dos parlamentares da oposição também foram usadas pelo secretário-geral da Presidência, Lorenzoni, no pronunciamento em que ele saiu em defesa do líder do governo e prometeu investigar o servidor da Saúde que denunciou indícios de fraudes na compra do imunizante.

Até então integrante da base governista, o deputado Luis (DEM-DF) disse que, ao levar as suspeitas de esquema de corrupção na importação do imunizante, Bolsonaro as atribuiu a Ricardo Barros.

“O presidente falou, com clareza, que iria encaminhar todas as informações para o DG (diretor-geral) da Polícia Federal, e chegou a tecer um comentário de um nome de um parlamentar, que eu não me lembro bem, que ele disse assim: ‘É mais um rolo desse’, e falou o nome da pessoa”, afirmou Miranda.

Mais tarde, após diversas cobranças de senadores para que revelasse o nome, Luis Miranda decidiu contar que Ricardo Barros foi a pessoa mencionada pelo presidente em uma reunião de 20 de março.

Na oportunidade, ele e o irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor da Saúde responsável por liberar a importação dos insumos, foram recebidos por Bolsonaro para narrar ao chefe do Executivo o que detectaram como suspeito nas tratativas para importação da Covaxin.

“Foi o Ricardo Barros que o presidente falou. Foi o Ricardo Barros. Eu queria ter dito desde o primeiro momento, mas vocês não sabem o que eu vou passar”, disse.

A medida provisória 1026 foi tópico de um telegrama, em 5 de março, do embaixador do na Índia, André Aranha Corrêa do Lago ao Ministério das Relações Exteriores. Ele relatou um encontro com representantes da Precisa Medicamentos, incluindo o sócio da empresa Francisco Maximiano, que haviam ido ao país asiático negociar com a Bharat Biotech um aumento do número de doses da Covaxin.

“O presidente da Precisa Medicamentos comentou que, com a divulgação de dados de eficácia pela Bharat Biotech e a iminência da aprovação da autorização para uso emergencial sem restrições da vacina na Índia, autorização semelhante poderia ser obtida em breve no Brasil”, aponta o documento em posse da CPI da Covid.

“Segundo ele, isso seria possível em razão da nova redação da Medida Provisória 1026/21, aprovada nos últimos dias pelo Senado Federal, que permitirá autorização automática para uso emergencial da vacina indiana no Brasil, uma vez obtido o registro emergencial junto a ‘Central Drugs Standard Control Organization’ indiano.”

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
UFMS Campo Grande

Inscrições para estágio remunerado na UFMS encerram nesta segunda-feira

Três em cada 10 brasileiros são analfabetos funcionais 

EXPOAGRO 2025 terá palestra sobre conflitos agrários e direitos indígenas

Equador vai exigir vacinação contra febre amarela

Notícias mais lidas agora

Vostok: ameaçado, David Chita troca de advogados para negociar delação

maça

Empresa investigada por fraude de licitação e merenda podre atua em várias cidades de MS

Jair Bolsonaro comemora saída de hospital após três semanas internado em Brasília

Vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira dá entrada em hospital

Últimas Notícias

Transparência

CGE mantém multas de R$ 11 milhões contra empresas de tecnologia por fraude a licitação em MS

Sócios da ICE Cartões e Inovvati devem pagar multa milionária por pagar propina para vencer licitações

Emprego e Concurso

Último dia: Campo Grande seleciona assistentes educacionais inclusivos com salários de R$ 2,5 mil

O assistentes educacionais inclusivos atuam na sala de aula em apoio ao professor quando há alunos da educação especial

Famosos

Giovanna Roque anuncia término com MC Ryan SP após flagra: ‘Última vez’

Giovanna Roque teria flagrado a casa de MC Ryan SP cheio de mulheres durante uma viagem entre amigos; saiba detalhes do término

Polícia

Morador é encontrado morto em poça de sangue dentro de quarto com vários hematomas em MS

Homem tinha hematomas no abdômen, pernas e axilas