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Brasil

Embraer fecha nova encomenda do ‘carro voador’

A fabricante de aviões deve entregar, a partir de 2026, até 100 unidades para a empresa de compartilhamento de aeronaves Avantto
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A recebeu sua maior encomenda de eVTOLs (sigla em inglês para veículo elétrico de pouso e decolagem vertical, como é chamado oficialmente o “carro voador”) para o mercado brasileiro. A fabricante de aviões deve entregar, a partir de 2026, até 100 unidades para a empresa de compartilhamento de aeronaves Avantto. Antes desse acordo, a Embraer havia anunciado que a Helisul (de táxi aéreo) fez um pedido inicial de 50 veículos e que a Flapper (plataforma de aviação executiva) fechou contrato para operar até 25 unidades. O valor dos negócios não foi divulgado.

Ainda longe de ter a tecnologia completamente desenvolvida e certificada pelas autoridades reguladoras, a Embraer – por meio de sua subsidiária Eve – já recebeu pedidos para entregar 735 eVTOLs em todo o mundo, além de ter criado seis parcerias para desenvolver a que será necessária para os “carros voadores” operarem.

Segundo o diretor executivo da Avantto, Rogerio Andrade, os eVTOLs encomendados deverão atender a toda a América Latina, mas é esperada uma demanda maior no e, principalmente, em São Paulo. A própria Embraer estima, de modo “conservador”, que o mercado paulistano terá 500 aeronaves do modelo até 2035.

Apesar de hoje atuar na venda e na operação de aeronaves compartilhadas, a Avantto pretende trabalhar com o eVTOL como táxi aéreo. Ainda de acordo com Andrade, o preço das viagens deve diminuir conforme a empresa ganhar escala até chegar ao patamar próximo de uma corrida realizada por um Black (serviço premium da Uber). Para alcançar esse nível de preço, no entanto, será preciso que o eVTOL seja autônomo, ou seja, voe sem piloto, o que deve ocorrer em uma fase mais adiante.

O presidente da Eve, Andre Stein, afirma que preços mais acessíveis ao consumidor serão possíveis porque o custo de operação do “carro voador” deverá equivaler a 10% do de um helicóptero. “O eVTOL é um veículo que reduz gasto com combustível e manutenção, além de ser autônomo no longo prazo.”

A Avantto também deve participar do desenvolvimento da infraestrutura que receberá os pousos e decolagens dos “carros voadores”. Um dos investidores da companhia é a Rio Bravo, gestora de recursos que também tem investimentos no setor imobiliário e que poderá ajudar na definição de prédios que servirão como terminais de embarque de passageiros.

A encomenda da Avantto coloca a Eve entra as empresas de eVTOLs com mais pedidos até agora. A companhia brasileira perde apenas para a inglesa Vertical, que já anunciou ter recebido pedidos para entregar 1.350 aeronaves. No total, os contratos da Vertical somam US$ 5,4 bilhões e foram fechados com empresas como American Airlines e Virgin Atlantic. A Vertical tem mais vantagem: promete entregar suas primeiras unidades em 2024.

A Embraer sempre foi cética em relação a prazos mais apertados por considerar que o processo de certificação não será rápido. Segundo o executivo, a companhia está adiantada em suas pesquisas quando se considera o prazo estabelecido para a entrega de suas primeiras unidades, 2026.

“Estamos avançados no desenvolvimento do software que vai na aeronave e voando em modelos de várias escalas. A expectativa é voar neste ano ainda um modelo 1:1.” Essa aeronave de teste deverá ser pilotada remotamente, explica Stein.

Tecnologia. O “carro voador”, aeronave que vem sendo desenvolvida por dezenas de empresas em todo o mundo, não se assemelha ao usado pelos personagens do desenho Jetsons. O veículo está mais para um helicóptero, e seu uso será compartilhado – você não terá um eVTOL próprio. Mesmo assim, a tecnologia não deixa de ser revolucionária.

Uma das principais diferenças entre o eVTOL e helicópteros ou aviões é que ele será elétrico. Sem usar combustível de aviação, o impacto ambiental e o custo para operá-lo são reduzidos. As aeronaves também estão sendo criadas para ser menos complexas que os helicópteros e, elétricas, demandarão menos manutenção, o que as torna mais baratas.

No caso dos helicópteros, a manutenção corresponde a 30% dos custos de operação. Mais acessíveis, os eVTOLS poderão ter a mesma popularidade dos aviões comerciais, dizem especialistas.

Outra vantagem de ter motor elétrico é que ele torna a aeronave é mais silenciosa. Isso fará com que um maior número de “carros voadores” possa operar em grandes centros urbanos sem gerar poluição .

Os projetos preveem ainda vários sistemas redundantes nos eVTOLs Assim, caso haja algum problema com uma peça ou um software, haverá algo semelhante para substituí-lo. Assim, especialistas afirmam que o “carro voador” deverá ser mais seguro do que os helicópteros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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