Sob a alegação de excesso de cancelamentos dos condutores, a Uber excluiu motoristas da plataforma. De acordo com a Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (AMASP), a exclusão seria de aproximadamente 15 mil motoristas, porém por meio de nota, a plataforma negou a acusação e afirmou que os números chegam no máximo a 1.600 motoristas banidos, representando 0,16% dos motoristas.

Segundo a nota emitida pela Uber, as punições foram aplicadas somente a condutores com o comportamento recorrente nos cancelamentos. “Cancelamentos excessivos ou para fins de fraude, porém, representam abuso do recurso e configuram mau uso da plataforma, pois atrapalham o seu funcionamento e prejudicam intencionalmente a experiência dos demais usuários e motoristas”.

O aumento no cancelamento de corridas ficou mais forte à medida que os combustíveis foram ficando mais caros nos postos, levando condutores a selecionar passageiros, que intensificaram as reclamações sobre o serviço nas redes sociais.

A plataforma esclareceu ainda que o abuso no cancelamento de viagens não tem nada a ver com a liberdade do motorista parceiro de recusar solicitações. “Na Uber, o motorista é totalmente livre para decidir quais solicitações de viagem aceitar e quais recusar. A conexão entre parceiro e usuário — quando nome, modelo e placa do carro são compartilhados e o usuário recebe a confirmação de que o motorista está a caminho — só ocorre depois do motorista ter conferido as informações da solicitação (tempo, distância, destino etc.) e decidido aceitar a realização da viagem”, finaliza a nota.