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Brasil

Supermercados e casas lotéricas de cidade em SP têm filas antes de lockdown

As ruas de Araraquara, na região central paulista, ficaram movimentadas neste sábado, 20, após a prefeitura publicar decreto que deixa mais rígido o lockdown na cidade. A nova restrição terá duração de 60 horas. Na noite de sexta, 19, e no sábado, houve filas para entrar em supermercados e congestionamento para abastecer carros. A partir das 12 […]
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As ruas de Araraquara, na região central paulista, ficaram movimentadas neste sábado, 20, após a prefeitura publicar decreto que deixa mais rígido o  na cidade. A nova restrição terá duração de 60 horas. Na noite de sexta, 19, e no sábado, houve filas para entrar em supermercados e congestionamento para abastecer carros.

A partir das 12 horas do domingo, 21, supermercados só poderão atender por delivery. Postos de combustíveis só poderão abastecer veículos oficiais, o fica suspenso e é proibida a circulação de carros sem justificativa.

Os leitos de UTI e enfermaria estão com 100% de ocupação desde segunda-feira, 15. Com mais três óbitos confirmados no sábado, a cidade chega a 170 mortes pela covid, quase um terço (54) delas neste mês.

A prefeitura já havia adotado lockdown por 15 dias desde segunda. Mas, com nível de adesão ao , segundo índice de medição do governo do Estado, em 42%, leitos lotados, novas contaminações e mortes, o prefeito Edinho Silva (PT) estabeleceu o ‘lockdown total’. Depois desse período, a cidade retoma as regras do lockdown que já vigora desde segunda-feira.

“Considero que três dias é pouco. Tem de fechar mais”, afirma a dona de casa Nayla Fernandes, de 29 anos.

Ela diz que já tinha a compra do mês programada para a manhã de sábado e que enfrentou 30 minutos de fila para entrar no mercado, e outros 40 minutos para ser atendida no açougue. Ela crítica a presença de mais de uma pessoa da mesma família no mercado, fingindo não serem parentes, e relata que tem vizinhos em isolamento com covid. Embora grande parte dos especialistas defenda medidas de isolamento social para conter o avanço do vírus, a mobilização pré-fechamento, com aglomerações, preocupa.

“Ficasse no que estava que era melhor. Agora está um grudado no outro, tudo aglomerado ali dentro”, opina a doméstica Ana Maria Dias, diante da correria que o anúncio de endurecimento do lockdown causou na cidade de 238 mil habitantes. Ela e a mãe, de 80 anos, passaram em frente de outros dois mercados e entraram no que parecia menos lotado. Maria diz que passa roupa para fora e, como já sai de casa para trabalhar, não vê motivos para deixar a filha fazer as compras para ela. No entanto, acredita que os principais vetores da doença são jovens que participam de reuniões sociais.

O empresário Lucas Gomes relata que já na tarde de sexta, quando começaram a circular informações sobre o decreto, as três faixas da Via Expressa ficaram congestionadas com motoristas tentando acessar seu posto de combustível. “Em uma hora, o número de carros abastecendo subiu de 10 para 100. O combustível acabou e precisamos suspender o atendimento”, conta.

Segundo ele, em seu outro estabelecimento, um depósito de gás, as vendas aumentaram 40% neste sábado. “O problema (da contaminação) está em festas. Aqui na região tem muitas chácaras com festas clandestinas”, opina Gomes, que discorda do fechamento do comércio.

Diretor clínico do hospital da Unimed em Araraquara, Antonio Durante considera que a situação crítica pela qual a cidade passa pode acontecer em outros municípios do Estado. “Chegamos a um momento muito difícil.”

“O resultado prático de uma medida adotada leva 14 dias”, diz ele, que faz apelo para que os moradores não se aglomerem em supermercados nas horas anteriores ao lockdown.

Ele explica que na rede particular a situação é menos crítica porque 80% dos leitos que eram destinados para cirurgia eletiva, que foram canceladas e redirecionados para pacientes com covid.

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