Emanuel Pastl, sobrevivente do desastre que aconteceu em 2013 na , é uma das testemunhas do julgamento que teve início na manhã da última segunda-feira (1). Testemunha do primeiro dia, o jovem contou que na época do acontecimento, ele tinha 19 anos, e precisou ficar internado por 10 dias para tratar as queimaduras de terceiro grau e lesões pulmonares. Foi quando conheceu a enfermeira Mirélle Bernardini, responsável pelos cuidados do jovem.

Emannuel contou com auxílio de ventilação mecânica, pois teve queimaduras de terceiro grau no braço, e quem fazia todos os cuidados necessários era Mirélle. A partir daí, toda tragédia virou uma história de amor.

Após conseguir escapar com vida do incêndio, Emannuel relata, que nunca poderia imaginar que aquela noite mudaria sua vida, não só pela tragédia, mas princialmente pelas consequências dela

“A gente começou a conversar, se apaixonar, a se encantar um pelo outro, e, quando ela voltou, a gente começou a namorar e casamos. Mas, em relação à Kiss, somos supertranquilos. Não tenho nenhum trauma, nem ela, por ter me atendido”, conta o rapaz.

Em 2018, cinco anos após se conhecerem, eles se casaram, e hoje têm uma filha de 2 anos, a Antônia. Além de amor, o jovem engenheiro encontrou no incêndio da Kiss um novo propósito profissional, e começou a trabalhar em uma empresa de proteção contra incêndios.

“O quanto foi minha decisão racional para seguir nesse ramo, eu não sei. Só sei que me encontrei nele. Não sei se é um dever — mas nele. Não tive uma decisão racional: ‘Vou fazer por causa da Kiss'. Não tive esse ímpeto. Foi uma oportunidade e estou dando meu melhor. Talvez uma vontade de Deus, que me empurrou para isso, não sei”, afirma o jovem ao site do Correio Braziliense.