Depois de terminar o primeiro dia na 11ª posição, tendo obtido 23,550 pontos no arco e 23,750 na bola, Bárbara foi muito bem na fita, talvez a melhor exibição de sua carreira no aparelho: 20,500, com a sua conhecida e vibrante coreografia ao som de samba. Depois, nas maças, a brasileira confirmou seu excelente momento com 22,500.

Trata-se do melhor resultado de uma competidora das Américas em Kitakyushu. A segunda soma mais alta de uma representante do continente pertence à Evita Griskenas, dos Estados Unidos, que obteve 63,000 pontos. A final do individual geral está programada para as 2h30 deste sábado (de Brasília).

“Estou me sentindo muito feliz. Não me caiu a ficha ainda a respeito da importância desse resultado. É tudo muito novo, mas tenho a certeza de que isso é resultado de um trabalho muito intenso nosso. Não só meu, mas de toda uma equipe técnica atrás de mim. Sem eles, com certeza não estaria no nível em que estou hoje. Querendo ou não, estar entre as 18 melhores do mundo… não tem o que dizer!”, afirmou Bárbara.

Ana Luisa Neiva, a jovem brasiliense que estreia em um Mundial, cumpriu bom papel ao se classificar na 35.ª posição, com 20,900 pontos no arco, 22,150 na bola, 17,850 nas maças e 17,200 na fita, somando 60,900.

O melhor resultado anterior do Brasil no atual formato de competição havia sido obtido pela própria Bárbara, no Mundial de 2019, em Baku, no Azerbaijão, quando conseguira a 31.ª posição. Em toda a história da competição, a colocação mais avançada obtida por uma brasileira pertence à Inês Oliveira, no Mundial de 1975, em Madri. Em um sistema de pontuação diferente, com nota máxima de 10, ela somou 33,300, e conseguiu a 16.ª posição no individual geral. As ginastas se apresentavam uma única vez para a competição, com as notas já valendo para a classificação final.

Na visão de Henrique Motta, coordenador geral da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), a conquista de Bárbara, bem como o resultado de Ana Luisa, são desdobramentos de um esforço conjunto e fruto de planejamento e investimento.

“A CBG constantemente faz avaliações e mapeia as necessidades que as atletas têm para que possamos continuar a evoluir na Ginástica Rítmica. Felizmente, com o suporte das Loterias Caixa, Comitê Olímpico do Brasil, Secretaria Especial do Esporte, New On, Estácio e demais apoiadores, podemos proporcionar uma estrutura que não era sequer sonhada por atletas das gerações anteriores”, comentou.