A juíza Viviane Vieira do Amaral, de 45 anos, foi assassinada pelo ex-marido, o engenheiro Paulo José Arronenzi, 52 anos. Em áudios enviados para uma amiga, a juíza expos o relacionamento abusivo. “Eu morro de medo dele”, disse em um dos áudios.

Viviane foi morta em frente as filhas do casal. O crime aconteceu em 24 de dezembro, no .

Os arquivos foram obtidos pelo jornal O Globo. Assim, Viviane afirmou que além do medo, era extorquida pelo ex-marido. O engenheiro está desempregado há pelo menos seis anos. “Já fiz vários depósitos para ele. Fica me pedindo dinheiro disso, daquilo. Quando eu vi, já tinha depositado para ele mais do que ele me deu de esse mês”, disse.

“Sempre fiquei pianinho com medo das alterações dele, dos desvios de comportamento, das violências que ele fazia”, relatou. Então, com os áudios descobertos, as mensagens foram entregues para a DH (Delegacia de Homicídios). A entrega do material foi realizada por familiares da juíza, que abriram inquérito contra Paulo José.

Os dois foram casados de 2009 até 2020, quando a juíza decidiu sair da relação abusiva. Nas mensagens, Viviane explica que a decisão foi após o ex-marido machucar uma das filhas do casal com um caco de vidro. Enquanto brigada com a criança, ele jogou um copo no chão, que acabou ferindo a menina.

Proteção

Antes do trágico episódio, a juíza era escoltada por seis homens armados e treinados com artes marciais. A medida foi adotada após ameaças e agressões por parte do engenheiro.

De acordo com o Metrópoles, Viviane afirmou que não precisava mais da proteção após dois meses. A decisão foi tomada devido a um pedido da filha do casal.

Entretanto, a mulher foi morta em frente das três filhas do casal, quando foi deixar as meninas na casa do engenheiro. Gêmeas de 7 anos e a mais velha de 9 anos presenciaram a morte da mãe. Durante o crime as crianças imploraram para o pai não assassinar Viviane.

A mulher não resistiu aos ferimento e faleceu no local. José foi preso em por  e levado para a DH do município. Além da prisão, nesta quarta-feira (30), o engenheiro foi denunciado pelo MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), por  quintuplamente qualificado. Em 26 de dezembro os bens de Paulo foram bloqueados pela Justiça do RJ.