Pular para o conteúdo
Brasil

Cabral confirma que fechou acordo de delação com a PF

Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, o ex-governador do Estado Sérgio Cabral confirmou que firmou acordo de delação com a Polícia Federal. O acordo, segundo o advogado Marcio Lambert, já foi homologado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). A colaboração premiada de Cabral com a PF foi firmada […]
Arquivo -

Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, o ex-governador do Estado confirmou que firmou acordo de delação com a Polícia Federal. O acordo, segundo o advogado Marcio Lambert, já foi homologado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A colaboração premiada de Cabral com a PF foi firmada em dezembro passado. O conteúdo está sob sigilo.

Ao confirmar que fechou acordo de delação, Sérgio Cabral foi alertado pelo juiz Marcelo Bretas que qualquer declaração do ex-governador na audiência desta segunda-feira, 10, poderia ter reflexos futuros no próprio acordo. Cabral se disse ciente, mas não se furtou a responder qualquer pergunta – a não ser quando foi inquirido pela defesa de sobre pontos envolvendo a delação.

Condenado há mais de 280 anos de prisão, Sérgio Cabral depôs pela primeira vez diante de Bretas na condição de testemunha, em caso envolvendo lavagem de dinheiro com o escritório de advocacia da mulher, Adriana Ancelmo. O ineditismo do depoimento gerou até uma cena pitoresca no início da audiência desta tarde: Cabral se sentaria na cadeira destinada ao réu, quando foi alertado de forma bem-humorada por Bretas. “O senhor hoje foi promovido (a testemunha). Pode se sentar do outro lado”, disse o juiz.

Depoimento.

A audiência desta segunda-feira diz respeito a processo que aponta o uso do restaurante Manekineko em esquema de lavagem de dinheiro durante o governo de Sérgio Cabral. A denúncia aponta que o escritório de Adriana Ancelmo usou o restaurante para “esquentar” dinheiro oriundo de propina.

Italo Garritano Barros, dono do Manekineko, confirmou ao juiz Marcelo Bretas que seu restaurante pagava mensalmente valores ao escritório de Adriana Ancelmo. De acordo com Barros, os repasses eram geralmente pagos por boleto e o dinheiro tinha origem lícita – provinha da conta do restaurante e era declarado normalmente para fins contábeis. O motivo dos pagamentos, segundo admitiu o empresário, era pagar uma “folha salarial B” (por fora) de parte dos vencimentos de seus funcionários, fugindo assim de encargos trabalhistas.

Segundo acordo de delação firmado por Italo Barros com o Ministério Público Federal (MPF), o esquema teria sido sugerido por Thiago Aragão Gonçalves Pereira e Silva, ex-sócio do escritório de Adriana Ancelmo e que é casado com a irmã da mulher de Italo. O MPF acredita que o escritório utilizava os pagamentos numa manobra para lavar dinheiro recebido como propina de fornecedores do governo Cabral. Italo Barros admitiu em juízo a fraude trabalhista – ele está pagando multa milionária -, mas alega que foi enganado por Thiago e nega qualquer envolvimento com o esquema de lavagem.

Em sua fala, Cabral confirmou pontos levantados pelo empresário. Ele afirmou que Italo não sabia que os pagamentos que fazia ao escritório eram usados para lavar dinheiro.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Seleção Brasileira estreia neste domingo na Copa América

Atendente procura a polícia após ser assediada por cliente de farmácia em Campo Grande

Precisa de atendimento? Confira a escala médica das unidades de saúde de Campo Grande

Domingo será ensolarado e com aumento da temperatura em todo MS

Notícias mais lidas agora

Papy turbina contrato e Câmara vai pagar quase R$ 1 milhão por locação de computadores

Julgamento de PM que matou bioquímico em sala de cinema segue sem data marcada

A qualquer hora, com qualquer pessoa: mal súbito mata 300 mil por ano no Brasil

botafogo

Botafogo resolve no 2º tempo e bate o Vasco em volta ao Brasileirão após o Mundial de Clubes

Últimas Notícias

Polícia

Homem passa mal e morre em motel do Jardim Paulista, em Campo Grande

A vítima não apresentava sinais de violência

Transparência

Papy turbina contrato e Câmara vai pagar quase R$ 1 milhão por locação de computadores

Em meio a inquérito do MP, presidente do Legislativo dá canetada e aumenta valor pago para empresa de tecnologia

Cotidiano

A qualquer hora, com qualquer pessoa: mal súbito mata 300 mil por ano no Brasil

Entenda por que mal súbito atinge até mesmo pessoas que praticam exercícios físicos

Polícia

Julgamento de PM que matou bioquímico em sala de cinema segue sem data marcada

Família de Júlio Cesar Cerveira Filho luta por um julgamento digno