O Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de São Paulo) emitiu nota nesta terça-feira (29) informando que abrirá procedimento administrativo contra os dois engenheiros presos pela Polícia Federal depois de terem emitido laudo de estabilidade na da Mina Córrego do Feijão, em , região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Dependendo do resultado das investigações, eles podem ter o registro profissional cassado.

André Yum Yassuda, Makoto Namba foram presos durante operação deflagrada pelo Ministério Público de , Ministério Público Federal e Polícia Federal na manhã de hoje. Ao todo, cinco pessoas foram presas temporariamente por envolvimento do rompimento da barragem, incluindo três funcionários da Vale diretamente envolvidos e responsáveis pela Mina do Córrego do Feijão e o seu licenciamento.

Na nota, o Crea-SP afirma que é favorável às prisões dos profissionais que eram registrados pelo órgão, e que ambos estão regulares no Conselho paulista. “Como atuaram na emissão do atestado de estabilidade da barragem de Brumadinho, o Crea-SP também se empenha na verificação de sua regularidade junto ao Crea-MG”.

O procedimento administrativo tem por objetivo apurar a responsabilidade dos engenheiros no ocorrido. Dependendo do resultado das investigações, os profissionais podem ter, como consequência, o registro cassado. Caso isso ocorra, eles não poderão mais atuar na área.

Em matéria de Folha de São Paulo, o jornal afirma que Makoto Namba venceu em 2018 um prêmio por projeto de gestão de risco geotécnico de barragens de rejeito. Concedido pela ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), o prêmio foi dado a uma equipe de seis engenheiros, da qual Namba faz parte, pelo estudo de caso da barragem de Itabiruçu, em Itabira (MG).