Com apenas 29 em Mato Grosso do Sul, entre 2014 e 2018, o MPT (Ministério Público do Trabalho) registrou 1.260 denúncias de aliciamento e tráfico de trabalhadores, com 136 ações ajuizadas e 334 TACs (termos de ajustamento de conduta) firmados. Os dados são do sistema MPT Gaia.

Das denúncias feitas no Estado, foram firmados sete TACs e ajuizadas três ações. De acordo com o MPT-MS, uma atuação intima, apesar de estar na rota internacional do crime. Em 2018 a pasta investigava 37 casos de trabalho escravo em MS.

Neste mês, por exemplo, seis trabalhadores rurais indígenas, de aldeias no município de Miranda, estariam vivendo em condições análogas à escravidão em uma fazenda na zona rural de Corguinho. Um deles, um homem de 50 anos contou que protocolou a denúncia no MPT-MS, após descobrir que a água fornecida vinha de um caminhão que realizava limpeza de fossas.

Nesta terça-feira (30), é celebrado o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, e a campanha #TodosContraOTráficoDePessoasDePessoas #SomosLivres lançada pelo MPT em parceria com a ONU Brasil, tem como objetivo o enfrentamento ao crime parar quebrar o ciclo de vulnerabilidade social.

Para a procuradora Tatiana Leal Bivar Simonetti, o tráfico de pessoas um crime perverso e cruel que se apropria dos sonhos das pessoas de mudar de vida, fazendo com que a vítima não perceba que está em uma situação de exploração.

Vale ressaltar que, além de ser uma irregularidade trabalhista, o tráfico de pessoas é crime sujeito a até oito anos de reclusão e multa.

Em Campo Grande, Integrantes do Cetrap (Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas) realizaram durante a manhã desta terça-feira (30),.uma panfletagem com o fim de apresentar à população sul-mato-grossense o problema que é praticamente invisível