Nova fase foi deflagrada nesta segunda

O Ministério da Agricultura e a associação de produtores de frango afirmaram nesta segunda-feira (5) que não há risco para a saúde do consumidor brasileiro de carne diante das irregularidades constatadas em nova fase da . Segundo eles, é normal ter salmonella em carne de aves, mas a bactéria é destruída quando a carne é cozida.

A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta segunda-feira (5) 11 mandados de prisão e 27 de condução coercitiva como parte da 3ª fase da operação Carne Fraca, tendo como alvo a BRF. Segundo a PF, cinco laboratórios fraudavam os resultados dos exames para burlar a inspeção do Ministério da Agricultura.

Um representante do Ministério da Agricultura afirmou, durante entrevista sobre a operação, que a produção para consumo interno não foi afetada e que não há risco para a saúde pública, mas que novas medidas poderão ser tomadas após a conclusão da ação.

“Não houve detecção de algo que represente risco a saúde pública”, disse o coordenador-geral do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do ministério, Alexandre Campos da Silva

De acordo com o ministério, a presença de salmonela é comum em carne de aves, pois faz parte da flora intestinal desses animais, mas a bactéria é destruída quando submetida a altas temperaturas, como fritura e cozimento, e procedimentos adequados de preparo e de consumo minimizam os riscos à saúde.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade que representa os produtores de frango e de suínos, enviou um comunicado nesta tarde alertando que a presença de salmonela encontrada nas análises de frango brasileiro não provoca danos à saúde do consumidor.

“Ao consumidor, é importante esclarecer: não há riscos! A investigação se relaciona com as análises de presença do grupo de Salmonella spp, que são destruídas durante o cozimento dos alimentos”, disse a associação.

A entidade lembrou que os problemas constatados na nova fase da Operação Carne Fraca são “situações ainda em investigação e pontuais” e alertou para que a operação não repita erros do passado.

“A ABPA, em nome de toda a cadeia produtiva, defende o correto levantamento de problemas e a exemplar punição aos envolvidos. É importante, entretanto, que os erros do passado não se tornem recorrentes: são situações ainda em investigação e pontuais, não uma situação generalizada”, disse a associação, em comunicado.

Críticas à operação

A primeira fase da Operação Carne Fraca recebeu críticas de produtores rurais e até mesmo do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, por ter generalizado os problemas identificados em alguns frigoríficos.

A operação levou diversos países a suspender as importações de carne brasileiro e provocou prejuízo aos frigoríficos do país.