Reunião ocorreu nesta quinta

Após mais de três horas de reunião entre o presidente , os ministros da área econômica e parlamentares, não houve definição sobre a mudança da meta fiscal deste ano e de 2018, informou o Ministério do Planejamento nesta quinta-feira (10).

Participaram da reunião os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Eunício Oliveira, e líderes do governo no Congresso Nacional.

A expectativa é que o governo proponha elevar o teto para o rombo das contas públicas, que hoje é de R$ 139 bilhões, e também a meta de um déficit de até R$ 129 bilhões para 2018. Para ter validade, porém, a proposta ainda precisa passar pelo Congresso Nacional.

De acordo com o blog do João Borges, o governo já chegou à conclusão de que não há escapatória e, além da meta fiscal deste ano, também será revista a de 2018, que é de déficit de até R$129 bilhões.

A dificuldade em atingir a meta fiscal está relacionada com o baixo nível de atividade da economia, que ainda se recupera de um cenário recessivo. Essa situação se reflete na arrecadação do governo, que vem ficando abaixo da esperada neste ano.

Apesar disso, o governo confirmou o aumento de servidores públicos, com impacto de R$ 3,7 bilhões em 2017 e de R$ 10,91 bilhões até 2019.

Recentemente, para tentar cumprir a meta fiscal, o governo anunciou o aumento da tributação sobre os combustíveis e o bloqueio adicional de R$ 5,9 bilhões em gastos no orçamento deste ano.

Com a forte contenção de gastos discricionários (passíveis de corte), os serviços públicos já estão sendo afetados. No total, o governo já contingenciou cerca de R$ 45 bilhões do orçamento. Esse esforço, porém, não será suficiente para cumprir a meta.