Poderosos temem aposentadoria igual a do sistema geral, diz presidente

O presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta quinta-feira (4) que a resistência à parte dos “poderosos”, e não dos mais pobres. 

“Parece que quem está fazendo campanha contra são os mais vulneráveis. Não é verdade. Quem está fazendo campanha são aqueles que ganham R$ 20 mil, R$ 15 mil, R$ 16 mil, que tinham cinco anos a menos para se aposentar”, afirmou em entrevista à RedeTV!.

“Quem faz a capanha dos chamados pobres na verdade está fazendo a campanha dos poderosos, porque são eles que têm capacidade de mobilização e agitação”, completou o presidente.

Para Temer, os “poderosos” se opõe a reforma porque, em um de seus pontos, ela equipara a aposentadoria de servidores públicos e da classe política às regras gerais da Previdência.

Quanto a segurança do governo em garantir a aprovação da reforma no Congresso Nacional, Temer disse que fará “o possível para passar”, e que estará “obediente às decisões da Câmara e do Senado”.

Temer insistiu que, caso não seja aprovada, a fatia do orçamento público destinado ao pagamento dos fatores previdenciários irá se tornar muito large, e “não vai ter como pagar aposentadoria e salário”.

Questionado pela Folha se teria cometido erros, Temer disse nessa quinta que pode ter cometido “um ou outro equívoco, mas acidental, não proposital”.

“É possível ter errado aqui e acolá, mas não sinto que tenha errado. Tudo que tenho feito tem tido apoio do Congresso Nacional, bons resultados. Houve erros? Nesse sentido, não”, disse o presidente.

(com supervisão de Evelin Cáceres)