Policiais foram pagos para apoiar grupo criminoso
A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de nove policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), acusados de receberem propina durante uma operação na Cidade Alta, Zona Norte do Rio, no dia 2 de maio.
Todos são sargentos da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Os policiais tiveram a quebra dos sigilos bancários e fiscais determinada pelo MPE-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro).
De acordo com o site IstoÉ, a denúncia contra os sargentos foi feita por um traficante, Carlos Alberto de Assis Farias, também conhecido com Cachoeira. Ele faz parte do grupo de 45 presos durante a operação.
O traficante alega que pagaram a propina aos policiais investigados para que dessem apoio “na manutenção do terreno conquistado” pelo tráfico. A declaração de Cachoeira teria sido gravada por um policial que fazia sua escolta na unidade de saúde.
A denúncia foi resultada por “vingança” dos traficantes, já que o grupo esperava contar com o apoio dos policiais para retomar a comunidade, mas sofreu com a prisão de 45 integrantes da facção e com a apreensão de 36 fuzis na operação realizada em maio.
O MPE-RJ ainda suspeita que os policiais tenham recebido propina em outras tentativas da facção de retomar o território. Um advogado da facção teria negociado com os policiais, segundo o Ministério Público.
(com supervisão de Evelin Cáceres)