Pelo menos R$ 8 milhões teriam sido lavados pelo operador

Uma nova fase da Operação Calicute, que culminou com a prisão do ex-governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB), deflagrada nesta quinta-feira (2) pela Polícia Federal e a Procuradoria da República do Rio de Janeiro, prendeu preventivamente um ex-assessor do peemedebista, Ari Ferreira da Costa Filho, o ‘Arizinho’, apontado como um operador de propinas.

De acordo com o Jornal O Estado de São Paulo, Arizinho teria lavado cerca de R$ 8 milhões em propinas para Cabral, e começou a trabalhar com o ex-governador quando este ainda era deputado estadual, na década de 1980.

Segundo o Portal G1, as investigações mostraram que Cabral pedia 5% de propina em todos os contratos assinado com o governo do Rio, e cabia a Ari entregar dinheiro para empresas de consultoria, que lavam os recursos.

Durante o governo de Sérgio Cabral algumas empresas de consultoria, sem funcionários, faturaram milhões, e Ari é acusado de intermediar lavagem e ocultação de patrimônio. Ele entregaria dinheiro para concessionárias de veículos que contratavam a consultorias de pessoas ligadas ao ex-governador.

O proprietário de uma dessas concessionárias foi o delator do esquema, segundo o G1, Adriano Reis. Uma imobiliária também era usada para lavar o dinheiro da propina e ocultar bens que seriam de Arizinho e do chefe, Sérgio Cabral.

Ao todo, a PF também cumpre 10 mandados de busca e apreensão em imóveis de Ari e de pessoas ligadas a ele. A Justiça Federal no Rio também já havia autorizado a quebra dos sigilos bancário e telefônico do operador de Cabral.