Empresas pedem mais R$ 1,2 bilhão para concluir projeto

A Polícia Federal de Mato Grosso deflagrou na manhã desta quarta-feira (9) uma operação para apurar fraudes nas obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de . O veículo de transporte estava previsto para ser entregue na Copa do Mundo de 2014, mas suas obras seguem paradas desde dezembro daquele ano, e já custaram mais de R$ 1 bilhão.

Os policiais envolvidos na Operação Descarrilho, como foi chamada, cumprem 18 mandados de busca e apreensão, sendo a maior parte em Cuiabá. Mas há também mandados em Várzea Grande, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Petrópolis e Curitiba. 

Durante as investigações, a PF colheu provas de acertos de propinas com representantes das empresas integrantes do consórcio do VLT de Cuiabá e Várzea Grande. Também foram encontrados indícios de desvio de recursos por meio de empresas subcontratadas para a obra.PF investiga fraude em obras de R$ 1 bilhão do VLT de Cuiabá

Os indiciados podem responder pelos crimes de fraude, corrupção passiva e a tiva, associação criminosa, peculato e lavagem de capitais, segundo informações do Portal UOL.

Atualmente, o governo do Estado de Mato Grosso e o Consórcio VLT negociam, na Justiça, um prazo de mais 30 dias para que formulem uma nova proposta de acordo para retomarem as obras do transporte público.

As empresas responsáveis pela obra alegam que precisam de mais R$ 1,2 bilhão para concluir o empreendimento, o que duplicaria o orçamento inicial do projeto. Tanto o Ministério Público Federal quanto o Estadual se opõe ao acordo firmado entre Estado e Consórcio, em março deste ano.