Petista vê chances de candidatura em 2018 diminuírem
Já condenado a nove anos e meio de prisão no julgamento do caso do triplex do Guarujá, e cada vez mais distante do objetivo de pleitear as eleições do próximo ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agora terá de arcar com seis novos procedimentos de investigação criminal abertos pela Polícia Federal e pelo MPF (Ministério Público Federal).
As investigações foram abertas pelas instituições de Curitiba, onde atua o juiz Sérgio Moro, e de São Paulo e Brasília. Os procedimentos investigativos apuram crimes de lavagem de dinheiro, corrupção, tráfico de influência e obstrução a investigações.
O ponto de partida para as apurações foram as colaborações e depoimentos dos executivos da Odebrecht. Informações colhidas durante o curso da Operação Lava-Jato levaram a instauração das investigações.
O ex-presidente Lula pode ser impedido de participar das eleições de 2018, caso seja condenado pelo TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em confirmação à condenação já emitida pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
As investigações
As instituições de São Paulo acusam Lula de participar de pagamentos de benefícios ao seu filho caçula, Luís Cláudio, por meio da contratação de uma empresa de eventos esportivos, e também de mesadas ao seu irmão Frei Chico, além de desvios de dinheiro na construção da Arena Corinthians.
Em Brasília, Lula é acusado de obstrução da Justiça, por ter supostamente negociado um acordo de leniência com a Odebrecht, sem intervenção do Ministério Público, o que beneficiaria diretamente a construtora.
Em Curitiba, o ex-presidente ainda é acusado de fraudes e corrupção em negócios do setor petroquímico relacionados à Braskem, além de pagamentos e doações irregulares por palestras ao Instituto Lula.
