Ex-presidente Lula autorizou a eventual doação de órgãos do corpo da ex-primeira-dama

Hospital Sírio-Libanês divulgou boletim médico na manhã desta quinta-feira (2) no qual informa que , 66 anos, mulher do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva ficou sem fluxo cerebral.

O próprio Lula utilizou seu perfil oficial no Facebook para revelar a situação da esposa e comunicar que a família já autorizou a doação de órgãos.

O boletim informa que um doppler transcraniano realizado na manhã de hoje identificou a ausência de fluxo cerebral.

Segundo o jornal Estado de S. Paulo, a equipe do hospital informou que ainda não se pode falar em morte cerebral, pois é necessário a realização de um protocolo de exames que a equipe do médico Roberto Kalil Filho não deve realizar por considerar dispensável neste caso.

 

 

“A família Lula da Silva agradece todas as manifestações de carinho e solidariedade recebidas nesses últimos 10 dias pela recuperação da ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia Lula da Silva. A família autorizou os procedimentos preparativos para a doação dos órgãos”, diz o post.

Marisa Letícia foi internada desde o dia 24 de janeiro depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral hemorrágico provocado pelo rompimento de um aneurisma.

Após internação ela passou por um procedimento de emergência que durou cerca de duas horas para conter a hemorragia no cérebro. Os médicos fizeram uma arteriografia cerebral para localizar a lesão e depois introduziram um cateter até a região afetada para estancar o sangramento.

Na quarta-feira (25), Marisa Letícia teve de passar por outro procedimento cirúrgico. Desta vez, para a “passagem de um cateter ventricular para monitoração da pressão intracraniana”, informou o hospital. A decisão dos médicos ocorreu após “avaliação tomográfica de crânio para controle de sangramento cerebral.

Na sexta-feira (27), Dona Marisa passou por uma tomografia para verificar se tinha ocorrido melhora na infecção que havia se formado em seu cérebro. Ela foi acomodada em uma cama térmica. Com o auxílio dela, os médicos conseguiram baixar a temperatura do corpo, que normalmente fica perto dos 35°C, para até 25°C. O objetivo era diminuir o metabolismo e, junto com ele, a atividade cerebral, para que o cérebro conseguisse absorver de forma mais rápida o excesso de sangue acumulado na caixa craniana.

Um exame realizado na segunda-feira (30) detectou a presença de trombose venosa profunda nas veias das pernas. Os médicos realizaram a passagem de um filtro de veia cava inferior para prevenir a ocorrência de embolia pulmonar.

Na terça (31), os médicos tiraram a sedação. Na quarta (1º), ela teve uma piora no seu quadro clínico no início da noite e voltou a ser sedada. A pressão intracraniana e a inflamação no cérebro tinham aumentado.

(Sob supervisão de Ludyney Moura)