Ex-estagiário assume presidência da construtora Odebrecht
O anúncio foi feito hoje pela empresa em São Paulo
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O anúncio foi feito hoje pela empresa em São Paulo
A Odebrecht SA tem novo diretor presidente: Luciano Nitrini Guidolin, 44 anos, paulista, ex-diretor da Brasken, que começou na empreiteira como estagiário e desde o início de 2017 era vice-presidente de Investimentos. Substituirá Newton de Souza, que estava no cargo desde 2015 e agora ocupará a função de vice-presidente do Conselho de Administração da holding.
O anúncio foi feito hoje pela empresa em São Paulo. Descendente de migrantes italianos, o engenheiro de Produção formado na Escola Politécnica da USP e com mestrado em Administração de Empresas na Universidade de Harvard (EUA), terá a função de reestruturar e dar transparência ao grupo, após os escândalos como patrocinadora infindável de propinas ao setor público nacional e em países onde tem negócios.
“O novo diretor-presidente dará continuidade à reestruturação empresarial e ao desafio de levar a Odebrecht de volta ao crescimento, a partir do compromisso assumido pelo grupo de atuar sempre com ética, integridade e transparência”, informou comunicado do grupo.
Newton assumiu depois que o principal executivo do grupo, Marcelo Odebrecht, foi preso na operação Lava-Jato pelo juiz Sérgio Moro, acusado de ser o centro do pagamento de propinas a várias instâncias políticas, em especial provenientes de contratos com a estatal Petrobras. O herdeiro da maior empreiteira do país fez acordo de delação premiada ao Ministério Público Federal contando quanto e a quem pagou subornos.
“A mudança é mais uma etapa no processo de transformação da Odebrecht. Nos últimos dois anos, Newton de Souza teve papel importante na coordenação das negociações que levaram à assinatura do acordo de leniência com o Ministério Público Federal, com a Justiça dos Estados Unidos e da Suíça. Acordos semelhantes estão sendo negociados em outros países”, continua a nota.
“Newton iniciou a reestruturação empresarial com a venda de vários ativos para aumentar a liquidez do grupo. Há 15 dias, foi concluída a venda da Odebrecht Ambiental. No mesmo momento, acordo fechado com os maiores bancos brasileiros permitiu que os recursos da venda, aproximadamente R$ 2,5 bilhões, sejam investidos nos próprios negócios, dando ao grupo fôlego de caixa no horizonte de dois ano”, segundo o comunicado da empresa ao mercado.
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