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Brasil

Coordenador do MTST, Guilherme Boulos é preso pela PM em reintegração em SP

Guilherme Boulos foi detido por desobediência judicial e incitação à violência
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Guilherme Boulos foi detido por desobediência judicial e incitação à violência

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (), Guilherme Boulos, foi detido na manhã desta terça-feira (17) durante reintegração de posse de terreno ocupado em São Mateus, na Zona Leste de . Ele dava apoio às cerca de 700 famílias quando foi detido por “incitação à violência”.

“O companheiro Guilherme Boulos, da coordenação do MTST, que estava acompanhando a reintegração de posse da ocupação Colonial, acaba de ser preso pela PM de São Paulo”, informou o movimento na fanpage do ativista.

Boulos falou ao blogueiro Leonardo Sakamoto, do UOL: “Cometem a violência de despejar 700 famílias e eu que sou preso por incitação à violência?”, questionou.

Segundo ele, um comandante do Choque que participava da reintegração citou o ato perto da casa do presidente Michel Temer, ano passado, para justificar “a prisão [de Boulos] foi reincidência”. Ano passado, o MTST fez atos perto da casa de Temer, no Alto de Pinheiros (zona oeste de SP), contra a suspensão da construção de casas do Minha Casa, Minha Vida. Em um desses atos, a PM usou bombas de gás e balas de borracha para dispersar os sem teto.

Ainda de acordo com o coordenador nacional do MTST, ele teria sido o único detido de um grupo que tentava negociar, com o comando do Choque, os termos da reintegração –por exemplo, de que maneira as famílias retirariam os pertences da área reintegrada.

Essa é a primeira vez que Boulos é detido pela PM em uma reintegração. Em outras situações, e mesmo em protestos com milhares de pessoas organizados pelo movimento, a relação dele com a Polícia Militar vinha sendo marcada pela cordialidade.

​Segundo notíciado pelo G1, Boulos foi detido por desobediência judicial e incitação à violência. Ele foi levado ao 49º Distrito Policial.

Sobre a reintegração, o Ministério Público informou há pouco que entrou na segunda-feira (16) com pedido de suspensão da ação de reintegração de posse porque as famílias não foram cadastradas para outras áreas de destino. O pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Em julho do ano passado, o MP já tinha pedido o cadastramento das famílias, mas a justiça não aceitou na época.

“Prisão é absurda”, diz MTST

Em nota divulgada na página do movimento no Facebook, o MTST classificou a prisão de Boulos como “absurda”.

“O companheiro Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST, que estava acompanhando a reintegração de posse da ocupação Colonial, visando garantir uma desfecho favorável para as mais de 3000 pessoas da ocupação, acaba de ser preso pela PM de São Paulo sob a acusação de desobediência civil. Um verdadeiro absurdo, uma vez que Guilherme Boulos esteve o tempo todo procurando uma mediação para o conflito.Neste momento, o companheiro Guilherme está detido no 49ª DP de São Mateus.

Não aceitaremos calados que além de massacrem o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajuda-los”, informou a nota.

Integrante da coordenação nacional do MTST, Zenídio Barbosa Lima afirmou que os sem teto “estão horrorizados com a arbitrariedade da prisão”. “Se não liberarem [Boulos], vamos todos à delegacia”, disse.

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