Pastor disse que está colaborando com investigação 

Horas depois da militante do PSC publicar um vídeo na internet onde conta detalhes do suposto crime de assédio sofrido pelo pastor Marco Feliciano, o acusado utilizou mesmo recurso para se defender. Também em vídeo, ele disse que tem “plena consciência na justiça e na justiça dos homens”. Disse ainda que está colaborando com investigação para provar sua inocência.

No vídeo, o pastor que já tinha tido acesso a denúncia anteriormente, mas que decidiu se pronunciar sobre o caso depois que foi registrado boletim de ocorrência contra ele. “Já me coloquei a disposição da Justiça para colaborar com provas que vão provar minha inocência”, diz em um trecho.

Em seguida o pastor diz que “perdoa” a denunciante, embora admita o desejo de que “ela seja responsabilizada por falsa comunicação de crime”. Feliciano também diz que a acusação afetou diretamente sua família e ao lado da esposa, agradece o apoio que vem recebendo especialmente dela e das três filhas.

Sobre suposta prisão de seu assessor, Marco Feliciano também nega a afirmação e diz que ele apenas foi convidado a prestar depoimento sobre o caso, mas que em seguida, foi liberado.

Ao fim, pede que não o condenem antecipadamente, dizendo que com o tempo, provas de sua inocência irão aparecer. Assista AQUI.

 

 

Acusação

Patrícia é a militante do PSC (Partido Social Cristão) e no início da semana acusou ter sido assedia pelo pastor Marco Feliciano. O episódio teria acontecido no dia 15 de junho no apartamento funcional do parlamentar em Brasília. A jovem ex-presidente da juventude do PSC relata que foi convocada para uma reunião e chegando ao local encontrou o deputado sozinho.

“Foi quando ele me fez a proposta que se eu fosse amante dele me daria um cargo alto dentro do PSC e ele me ofereceu 15 mil de salário, e eu não aceitei” relata. Ela afirma que o pastor ficou nervoso e alterado, “Eu neguei e ele ficou bravo. Tentou tirar minha roupa à força, me deu um soco na boca e um chute na perna”, completa a jovem.

Ela começou a gritar e conseguiu escapar quando uma senhora bateu na porta do apartamento errado.

No dia seguinte ela foi procurada por Talma Bauer, assessor de Marco Feliciano, onde ela conseguiu gravar a conversa em áudio. Na conversa o assessor teria dito “o que que você quer pra colocar um pedra sobre esse assunto”, e ela pediu uma reunião no partido. No mesmo dia foi à reunião dentro do PSC com o presidente do partido pastor Everaldo e o deputado Gilberto Nascimento, que já estavam a par do assunto.

Ameaças

 “O próprio pastor Everaldo me ofereceu dinheiro, e quando eu falei que não queria ele fez a primeira ameaça” diz a jornalista. Após a recusa, ela é ameaçada. “Se você levar essa história pra frente, a gente vai te matar, a gente conhece sua família” teria dito pastor Everaldo.

Ela mandou o áudio para um amigo que soltou o áudio na internet, e logo depois gerou a matéria na Coluna Esplanada da Uol. Patricia foi de viagem para São Paulo e na noite em que a matéria saiu, o acessor Talma Buer entrou em contato no outro dia pela manhã. Ele ameaça a jovem, “você está mentindo, eu vou pegar a sua mãe, porque eu conheço a sua mãe, conheço seu pai!”. Com medo ela acabou passando o endereço do hotel que estava hospedada para o assessor. Bauer foi até o hotel armado e forçou a fazer o vídeo desmentindo a matéria, foram dois vídeos já que o primeiro não teve resultado desejado. Bauer pegou a senha do Facebook, “ele mesmo postou nas minhas redes sociais” diz ela.  “Todo mundo que me mandava mensagens, ele mesmo respondia”, completa.

Ela ainda relata que pelo Whatsapp Web, o assessor monitorava todas as conversas.

Patricia também afirmou que recebeu uma ligação do Pastor Everaldo na manhã desta sexta, em que ele teria feito ameaças para ela negar o episódio.