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Brasil

Grupos de extrema-direita são investigados em caso de estudante morto na UFRJ

Páginas teriam coordenado ameaças a acadêmicos
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Páginas teriam coordenado ameaças a acadêmicos

Quatro estudantes da UFRJ (Universidade Federal do ) são considerados suspeitos de participação na morte do acadêmico Diego Vieira Machado, 30 anos, assassinado no último sábado (2) dentro do campus da universidade. A polícia investiga a ação de grupos de extrema-direita que agem na internet.

De acordo com o jornal O Dia, a polícia deve ter acesso às imagens das câmeras de segurança nesta terça-feira (5). Também devem ser ouvidas as testemunhas do caso. O delegado titular da DH (Delegacia de Homicídios), Fábio Cardoso, afirma que seis já foram ouvidas na segunda-feira (4).

O resultado da necropsia feita pelo IML (Instituto Médico Legal), segundo Cardoso, ficará pronto até o fim desta semana. A principal suspeita dos investigadores é de que o crime tenha sido motivado por . Diego era homossexual e havia recebido ameaças dias antes.

“O relato das testemunhas confirmou o que a DH já tinha, de que ele era uma pessoa homossexual, que estudava no campus, se relacionava bem com as pessoas, mas que sofria algum tipo de preconceitos, de ameaças homofóbicas e racistas. Algumas dessas pessoas já foram elencadas”, afirmou Cardoso.

Ação de grupos na internet

 O reitor da UFRJ, Roberto Leher, afirmou à reportagem d’O Dia que desconfia de mascaramento para ocultar o IP (endereço eletrônico) da máquina de onde partiram ameaças a alunos, já que o departamento de informática detectou que as mensagens partiram do Canadá.

“Parece que utilizaram o Siga (Sistema de Gerenciamento Acadêmico, utilizado por professores, alunos e funcionários) para enviar as mensagens de intolerância. O setor de combate a crimes cibernéticos da PF nos ajudará”, disse Leher.

O jornal fluminense destaca que grupos de extrema-direita têm utilizado a internet para fazer ameaças a estudantes. Entre eles estariam páginas como ‘UFRJ da Opressão’, ‘UFRJ Livre’ e ‘Liberta UFRJ’. O diretor do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Pedro Paiva, disse que mensagens de cunho preconceituoso e ameaçador já ocorrem há algum tempo.

“Eles fazem comentários homofóbicos e os banheiros são pichados com frases como ‘morte aos gays da UFRJ’”, declarou Paiva. “São ameaças antigas. A gente já tinha ideia do que poderia acontecer. A morte do Diego é o resultado disso”, conclui.

Defesa

Após a reportagem do periódico carioca, alguns dos grupos citados pelo diretor do DCE se manifestaram em notas, onde rebatem as acusações de Paiva. A página ‘UFRJ Livre’ postou no Facebook que “a prática macartista do diretor do DCE UFRJ Mário Prata é criminosa e será denunciada. Enquanto isso estamos pedindo direito de resposta ao Dia”.

Já a ‘UFRJ da Opressão’ afirmou que o crime não teve motivação homofóbica. “Pronta e morbidamente começaram a capitalizar o crime em prol da agenda viadista que defendem. Já brotam, em várias páginas, comentários que mais parecem fanfics, dizendo que foi crime de ódio, homofobia, blablabla”, declararam em uma postagem sobre a morte de Diego.

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