Pular para o conteúdo
Brasil

Redação da Fuvest 2015 discute “camarotização”

Redação da Fuvest pedia aos candidatos que dissertassem sobre a segregação de classes agravada por conta dos camarotes
Arquivo -

Redação da Fuvest pedia aos candidatos que dissertassem sobre a segregação de classes agravada por conta dos camarotes

O tema da redação da segunda fase da Fuvest, o vestibular mais concorrido do País, foi a “camarotização”, segundo candidatos que fizeram a prova. O termo usado pelos examinadores diz respeito à segregação de classes, agravada a partir de privilégios garantidos àqueles que têm condições de pagar mais por um serviço: jogo de futebol em estádio, show de música, balada etc.

“Não achei difícil, mas achei surpreendente”, disse Bianca Araújo, 17 anos, que concorre a uma vaga no curso de licenciatura em Ciências de Educação a Distância (EAD) . “O principal texto de apoio (fornecido pela Fuvest para que os candidatos façam a redação) foi sobre estádios de futebol. Era um artigo que falava sobre como as coisas eram diferentes antigamente, quando não havia separação entre ricos e pobres nos estádios e todo mundo ficava junto, dividia o mesmo espaço”, disse.

“Foi um tema fácil de trabalhar porque trata de algo que a gente vê no cotidiano. Você pega ônibus e, majoritariamente, há uma classe social específica. Você olha para o lado e vê gente de carro, gente de outra classe social”, disse o estudante Thiago Cunha, 18 anos, que prestou vestibular para o curso de Geofísica. “Por isso achei o tema mais fácil que o da redação do Enem, que foi publicidade infantil”, continuou.

“A redação foi sobre privilégios garantidos aos que pagam mais. Nesse sentido, eu sou contra. Não pode a pessoa pagar a mais para ter vantagens sobre as outras”, afirmou o estudante Gustavo Aragon, 19 anos, que tenta uma vaga no curso de enfermagem e foi o primeiro a deixar o prédio da Poli – Civil, na Cidade Universitária, em , pouco após as 15h.

Para Beatrice Menezes de Brito, 22 anos, que está no 5º ano do curso de Geografia da USP, mas resolveu tentar Letras, o tema da redação é pertinente. “Reflete bastante o que a gente vê na sociedade de fato. Acredito que a ideia era fazer uma crítica importante em relação ao tema da ‘camarotização’. Estamos tão claramente divididos que já não podemos cumprir nosso papel de cidadão”, afirmou.

A Fuvest informou que 8,1% dos candidatos faltaram ao primeiro dia de provas da segunda fase, neste domingo. Do total de 29.698 classificados, 2.412 não compareceram.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Implicado em escândalo de corrupção, Justiça libera retorno ao cargo de coordenador da Agraer

Prefeito de Bonito pede acesso à investigação e diz que adotará providências

Brinquedos, eletrônicos ou lazer? Especialista dá dicas para escolher o presente certo no Dia das Crianças

Moradora da Vila Eliane perde R$ 2,5 mil em golpe do falso advogado

Notícias mais lidas agora

Solto há 4 dias, empreiteiro foi preso novamente em operação contra esquema de corrupção em MS

terenos

Spotless: Empresário liberou assinatura ao concorrente para fraudar licitações em Terenos

secretária

Secretária diz que Prefeitura vai cumprir prazo do 13º salário aos servidores

Motorista é preso com R$ 1,3 milhão em celulares escondidos em carreta-bitrem

Últimas Notícias

Famosos

Mulher morre no restaurante do Fogaça em SP após teto desabar

Mulher ficou presa aos escombros após o teto do restaurante famoso desabar em São Paulo

Transparência

MPF investiga supostas irregularidades na compra de remédios da prefeitura de Dois Irmãos do Buriti

Aquisições consumiram meio milhão de reais, R$ 212 mil dos quais vindos do governo federal

Cotidiano

Morre em Campo Grande a arquiteta e urbanista Maria Lúcia Torrecilha, aos 69 anos

Com vasta produção técnica, arquiteta e urbanista era referência em estudos sobre políticas de desenvolvimento e mobilidade urbana

Polícia

Homem recebe multa de R$ 10 mil por construir rancho às margens do Rio Coxim

Policiais ambientais constataram a construção em alvenaria situada a cerca de 15 metros da margem do rio, não respeitando a faixa mínima de 100 metros de área protegida