Churchill não comandava sem champagne.
Entre os planejamentos militares, charutos e decisões que moldaram o século XX, havia um hábito inegociável: uma taça – ou uma garrafa – de Pol Roger. Durante mais de meio século, ele fez do champagne um ritual pessoal.
Churchill nutria uma devoção inabalável ao champagne. Sob discursos, crises e redefinições de eras, havia sempre uma taça à sua frente: Pol Roger, francês e gelado.
A relação começou em 1908, ano em que Churchill fez sua primeira encomenda à vinícola Pol Roger, registrada nos arquivos da casa como o início de um vínculo que atravessaria meio século.
E se tornou um hábito diário.
Para ele, o champagne era mais do que um luxo — era símbolo, estratégia e afirmação de vida. Mesmo durante a Segunda Guerra, com o Canal da Mancha bloqueado, Churchill fazia questão de manter seu estoque de garrafas intacto.
Quanto Churchill realmente bebia?
Historiadores e biógrafos estimam que ele tenha consumido cerca de 42 mil garrafas de champagne ao longo da vida — o que equivale a quase duas por dia entre 1908 e 1965.
Era comum que ele abrisse uma garrafa no almoço e outra no jantar, sempre acompanhadas de doses generosas de uísque, conhaque e seus inseparáveis charutos.
Ele costumava dizer:
“Champagne deve ser seco, frio e… constante.”
A frase resume seu estilo: austero nas batalhas, requintado nos rituais.
Em um jantar com Roosevelt, Churchill bebeu seis taças e declarou:
“Nunca confie em um homem que não bebe.”
A ironia era refinada, mas seu compromisso com os próprios prazeres era absoluto.
Um brinde eterno
Em 1984, a Pol Roger homenageou seu mais célebre admirador com uma cuvée à altura:
Cuvée Sir Winston Churchill — produzida apenas nos melhores anos, com perfil encorpado, profundo e longevo.
Churchill venceu guerras, escreveu livros, ganhou o Nobel e redefiniu a política moderna.
E, mesmo em meio ao caos, jamais deixou de brindar.
Foto: Reprodução/ Rede Social
