De R$ 87,9 a R$ 124,9 mil

“Nasceu”: 9 meses depois de ser revelada nos Estados Unidos, a nova geração do Honda Civic foi apresentada no Brasil nesta quarta-feira (20). Mas o lançamento nas lojas será só em 25 de agosto, quando começam as vendas, já como modelo 2017. Os preços partem de R$ 87,9 mil, mas alcançam os R$ 124,9 mil.

De acordo com a Honda, o público poderá fazer uma espécie de test drive virtual a partir do dia 30 deste mês. Também haverá um primeiro lote de 1,5 mil unidades na fase de pré-venda.

TODAS AS VERSÕES E EQUIPAMENTOS

Sport – motor 2.0 flex e câmbio manual – R$ 87,9 mil

Itens de série: Ar-condicionado digital, direção elétrica, vidros elétricos com função “um toque” para subida/descida em todas as posições, freio de estacionamento eletrônico, velocímetro digital, controle de velocidade de cruzeiro, controles de tração e estabilidade, 6 airbags, assistente de partida em rampa (HSA), luzes de diurna de LED (DRL), faróis de neblina e sistema Isofix para fixação de cadeirinhas, central multimídia com Bluetooth, entrada USB, câmera de ré e controles ao volante.

Sport – motor 2.0 flex e câmbio CVT – R$ 94,9 mil

Itens de série: Mesmo pacote da Sport manual, mais câmbio CVT com paddle-shifts para mudanças de marcha.

EX – motor 2.0 flex e câmbio CVT – R$ 98,4 mil

Itens de série: Mesmo pacote da Sport CVT, mais bancos de couro, painel de instrumentos digital, retrovisores rebatíveis e com repetidores de seta e acabamento cromado.

EXL – motor 2.0 flex e câmbio CVT – R$ 105,9 mil

Itens de série: Mesmo pacote da EX, mais central multimídia de 7 polegadas sensível ao toque, com navegador e compatibilidade com CarPlay, da Apple, e Android Auto, do Google, que reproduzem os recursos dos smartphones com esses sistemas e painel de instrumentos totalmente digital, com tela de TFT.

Touring – motor 1.5 turbo e câmbio CVT – R$ 124,9 mil

Itens de série: Mesmo pacote da EXL, mais câmera abaixo do retrovisor direito que mostra as imagens na tela central, para auxiliar em mudanças de faixa, partida por botão e entrada sem necessidade de chave, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, 8 opções de ajuste elétrico para os bancos dianteiros, sensor de chuva (para o limpador de para-brisa), retrovisor que escurece à noite, teto solar elétrico, detalhes em alumínio nas portas e no painel e maçanetas externas cromada e faróis full LED.

Apesar de ser a única que pode ser equipada com câmbio manual, no mais a versão Sport tem a mesma mecânica da EX e da EXL. Além dos itens de série, inclui grade em black piano, rodas escurecidas e conta-giros analógico. Ou seja, parece mais uma vítima do “raio esportivador”.

Motor menor e mais potente

Além do visual, a outra grande novidade do Civic está sob o capô: o inédito motor 1.5 turbo, que, nos EUA, desenvolve 176 cavalos com gasolina -ainda não será lançada uma versão flex dele. Por aqui, o mesmo motor terá 3 cv a menos, chegando aos 173 cv. O câmbio será do tipo CVT.

O G1 experimentou o novo Civic com este propulsor na Califórnia: veja as primeiras impressões.

Com este propulsor, esta se tornou a geração mais potente da história do Civic “normal”, tirando, obviamente, as versões esportivas “Si e Type R”. A potência é superior à de todas as opções de motor flex aspirado (sem sobrealimentação) à venda atualmente no Civic no Brasil.

O torque máximo é de 22,4 kgfm. É pouco menos que o da versão “Si” da geração anterior, que tem 23,9 kgfm, com motor 2.4 aspirado, e mais que os 19,3 kgfm do 2.0 flex brasileiro.

Motor aspirado segue

O sedã continuará sendo oferecido no país também com o atual motor 2.0, de 150 cv com gasolina e 155 cv com álcool. No mercado norte-americano, o novo Civic também manteve a opção de um propulsor aspirado 2.0, só que de 158 cv.

Ele será casado com o mesmo câmbio CVT do turbo, e contará com mudanças de marchas por meio de aletas atrás do volante.

Com injeção direta e controle eletrônico de sincronização e abertura das válvulas, a linha VTEC Turbo foi lançada no Japão no final de 2013.

Seguindo uma tendência mundial, a fabricante estima que os motores com a tecnologia turbo porporcionam economia de 5% a 10% de combustível, em relação aos aspirados.

O motor mais “enxuto” é combinado com uma nova transmissão automática do tipo CVT, que foi especialmente desenvolvida para dar conta de motores com maior força.

Criado nos EUA

Esta décima geração do Civic foi a primeira desenvolvida nos EUA e esbanja esportividade no visual. O modelo ficou maior e ganhou mais tecnologia para enfrentar o arquirrival Toyota Corolla, cuja geração atual, a sétima, foi lançada no exterior em 2013 e, no Brasil, 1 ano depois.

Nesta geração, o Civic ficou maior. “Entregamos veiculos de carroceria larga e baixa, com o maior espaço interno da categoria, inclusive o porta-malas de ate 525 litros”, afirmou Caio Capelin, gerente de planejamento de produto da Honda.

No entanto, a carroceria é 22 kg mais leve. O comprimento é de 4,63 metros, o entre-eixos de 2,70 m, a largura de 1,80 m e a altura, de 1,41 m.

Briga dos sedãs

A chegada no novo Civic esquenta ainda mais a briga dos sedãs médios no Brasil. Com o Honda em segundo lugar, o modelo da Toyota desfruta da liderança absoluta no segmento desde 2014 – e ainda “beliscou” uma posição entre os 10 carros mais vendidos do Brasil no 1º semestre deste ano, superando modelo mais populares como a Fiat Strada.

Chevrolet, Nissan e Ford se mexeram para tentar equilibrar a disputa pelo terceiro lugar. No ano passado, a Ford lançou o Focus reestilizado: o modelo ficou mais equipado, mais caro e adotou o sobrenome Fastback. Mas o modelo foi apenas o 9º colocado entre os sedãs médios no 1º semestre.

Na mesma linha, a Nissan adiantou para maio último a chegada da atualização do Sentra, também com modificações visuais. A japonesa “matou” a opção de câmbio manual, ficando só com o CVT, e adotou o controle de tração e estabilidade para toda a linha. O objetivo é manter a 3ª posição nas vendas.

A mudança mais radical foi do Cruze, 4º mais vendido no segmento, cuja nova geração começou a ser vendida neste mês, exclusivamente com motor turbo, no caso, um 1.4 flex, de 153 cv com etanol e 150 cv com gasolina. A Chevrolet optou por oferecer apenas versões mais completas e apostou alto em tecnologia, com destaque para a função de correção de trajetória em curvas e para manter o carro dentro da faixa.