Remanejamento de custos e equipamentos exclusivos são principais armas

A Ford promete entregar a melhor picape Ranger de todos os tempos com a renovação do modelo, já como linha 2017. Com uma plástica sutil, a arma da fabricante para cumprir o seu objetivo foi rechear o utilitário com equipamentos exclusivos no segmento, além de remanejar seus custos e benefícios para o consumidor no pós-venda.

Começando pela nova estética da Ranger, as mudanças se concentram na dianteira. A Ford decidiu abandonar o visual mais robusto, com formato quadrado dos faróis, em favor de uma abordagem mais moderna, porém igualmente imponente. O conjunto óptico, agora mais afilado, se conecta com a grade de formato trapezoidal – totalmente cromada na versão mais sofisticada da linha, a Limited. Um detalhe interessante é que nas extremidades da grade localizam-se duas entradas de ar que se assemelham a narinas. Os para-choques foram redesenhados.

O capô também mudou. Ele possui uma elevação central que, segundo a Ford, tem a função de transmitir potência. Já as laterais e a traseira não passaram por mudanças significativas.

Apesar de o motor ser o mesmo 3.2 turbodiesel de cinco cilindros, capaz de gerar 200 cv e 47,9 mkgf, a engenharia da Ford promoveu algumas mudanças com o intuito de melhorar o consumo em 15%.

No caso da direção, ao menos o nível de conforto do carro foi aprimorado. Programada para proporcionar mais leveza no uso urbano e em manobras, o novo sistema tornou a condução bem mais agradável e segura, já que também se mostra mais firme em altas velocidades.

O grande trunfo da Ranger está mesmo em seu conteúdo. Na linha 2017, toda a gama da picape será equipada com sete airbags e o pacote Advance Trac, que inclui controle de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, controlador de velocidade em descidas e assistente de frenagem de emergência.

Na configuração mais cara, a lista continua com sensores crepuscular e de chuva, de manobra dianteiro e traseiro, câmera de ré, bancos de couro com ajustes elétricos, rodas de 18’’ e o principal: o pacote tecnológico. Nele, são oferecidos os recursos inéditos no segmento: controlador de velocidade adaptativo, farol alto automático, monitor de mudança na faixa e alerta de colisão frontal.

Todos eles estão a apenas alguns toques de um dedo no volante da Ranger. O computador de bordo à esquerda no painel oferece as opções de alterar as sensibilidades do alerta de colisão e da assistência de manutenção à faixa e configurar o piloto automático para adaptativo ou regular, incluindo a distância que se quer manter do veículo à frente. Tais possibilidades fazem a diferença especialmente em ciclos urbanos, pois o sistema de aviso sonoro e visual da picape é bastante explícito: além da sirene uma sequência de luzes vermelhas se projetam no parabrisa em frente ao motorista.

A central multimídia com tela tátil e navegador, assim como o quadro de instrumentos parcialmente digital e configurável são outros destaques da nova picape Ranger

Essas inovações se limitarão à versão Limited da nova Ranger, que parte de R$ 179.900. quanto as outras versões a Diesel, a fabricante informou que os preços devem ficar a partir de R$ 130.000, englobando as configurações XLS e XLT

Para rivalizar com a igualmente renovada Toyota Hilux, a Ford quer valorizar o seu serviço de pós-vendas, e, com isso, as revisões da picape são anuais, o que proporciona economia de 34% nas primeiras três (de R$ 3.740 para R$ 2.464). Além disso, a garantia passou de três para cinco anos, a maior do segmento. Custando R$ 8.220 a menos que a Hilux mais cara, a Ranger chega às lojas em maio com bons argumentos para enfrentar a conterrânea argentina.