O diretor-geral da , Patrick Pelata, considera que o grupo automobilístico francês foi vítima de uma “manipulação” no caso de espionagem industrial sobre o programa de carros elétricos, como publica nesta quarta-feira a edição digital do jornal Libération.

Na última segunda-feira, o número dois da Renault se reuniu com o ministro da Indústria francês, Eric Besson, e com um conselheiro do primeiro-ministro, aos quais indicou que a empresa “suspeita que dois dos três executivos (envolvidos) não têm contas no exterior e que teriam sido vítimas de um acerto de contas”, sempre segundo essa publicação.

Renault considera que o terceiro dos envolvidos, que o Libération identifica como Michel Balthazar, teria recebido dinheiro em uma conta no exterior.

Fontes da Renault confirmaram a reunião com membros do Executivo, a pedido de Pelata, e declararam à Efe que o grupo trabalha com “várias hipóteses”. Elas sublinharam que estão esperando que as comissões confirmem ou desmintam a existência de contas na Suíça e em Liechtenstein.

Em caso de não serem encontradas contas onde supostamente teria sido depositado o dinheiro do suposto suborno a funcionários da Renault para obter informações sobre seu programa do carro elétrico, o fabricante quer “saber o que ocorreu”, revelaram as mesmas fontes.

A Renault apresentou em 13 de janeiro uma denúncia diante da Justiça francesa por “espionagem industrial, corrupção, abuso de confiança, roubo e encobrimento cometidos em grupo organizado”.