de escolas municipais, estaduais e profissionais da saúde participaram, na tarde desta quarta-feira (19), de uma formação sobre o Método Wolbachia, que combate a e está em implementação em . O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e pelo World Mosquito Program Brasil, iniciativa de combate às arboviroses conduzida no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Ao todo participaram mais de 40 profissionais entre diretores, coordenadores pedagógicos e professores, além de gerentes e de unidades de saúde, coordenadores da vigilância ambiental, CCZ e assistência social, representantes das unidades escolares dos bairros Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado.

A secretária municipal de Educação, Elza Fernadnes e a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, também participaram da reunião.

“A importância do trabalho em parceria para combater essa epidemia é muito grande. Estamos depositando uma grande esperança nessa metodologia e por isso precisamos do apoio de vocês, que são aliados importantes no trabalho junto a comunidade escolar. Esta nova tecnologia de combate ao mosquito da dengue é mais uma ferramenta para controlar essa epidemia e é fundamental que todos tenham conhecimento”, disse Veruska.

Método Wolbachia

A Wolbachia é uma bactéria intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti. Quando presente neste mosquito, ela impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para redução destas doenças.

O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais e gerar uma nova população destes mosquitos, todos com Wolbachia. Durante o evento, biólogos da Fiocruz explicaram aos educadores sobre o Wolbito, o mosquito utilizado no combate à dengue, zika e chikungunya e que vem somar esforços ao trabalho de combate já praticado em Campo Grande.

O gestor do WMP Brasil em Campo Grande, Gabriel Sylvestre, falou sobre a dinâmica de trabalho que será desenvolvida nas unidades escolares. Ele disse que será criado um grupo com os profissionais da educação para a troca de experiências e compartilhamento de ações e atividades pedagógicas que explicam o método para alunos e comunidade escolar.

“A ideia é que os professores conheçam bem o método e utilizem o tema nas aulas de rotina, feiras de Ciências e projetos de pesquisa. Temos muito material para repassar, inclusive um e-book, além de um vasto conteúdo em nossas redes sociais. Cada escola vai determinar como levar essa informação às aulas”, destacou Gabriel.

A liberação dos Aedes aegypti com Wolbachia em Campo Grande está programada para começar no próximo semestre, por isso a importância do engajamento social para tirar as dúvidas e dialogar sobre as formas de combater as arboviroses.

A diretora da EMEI “José Carlos de Lima”, Clemilda Silvério Benage da Silva, não conhecia o método e aprovou a dinâmica de trabalho. “Fiquei muito feliz pela prefeitura abraçar esta ideia e o importante é que nós poderemos continuar com as ações de conscientização que já praticávamos. O conteúdo novo sobre o método Wolbachia será um aliado, vai enriquecer nossas ações”, pontuou.