O Ministério da Saúde abriu uma consulta pública para que a sociedade possa enviar opiniões, sugestões e críticas sobre a incorporação do medicamento dolutegravir para o tratamento de coinfecção de tuberculose e HIV. As participações podem ser enviadas até dia 10 de setembro por meio de formulário eletrônico.

O medicamento atualmente é ofertado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para o tratamento de HIV/Aids e poderá também atender aos pacientes de tuberculose em casos de coinfecção.

Segundo o Ministério da Saúde, o dolutegravir apresenta uma série de vantagens como alta potência; nível muito baixo de eventos adversos; tratamento eficaz por mais tempo e menor resistência. Além disso, o medicamento baixa a carga viral mais rapidamente, sendo importante aos pacientes recém-diagnosticados com HIV e casos graves de coinfecao tuberculose e HIV.

A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde solicitou à Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) no SUS uma avaliação para incorporar o dolutegravir para o tratamento antirretroviral de pacientes coinfectados com HIV e tuberculose.

A partir disso, a Conitec analisou estudos a respeito da eficácia do medicamento, que comprovaram que o dolutegravir 50mg, administrado duas vezes ao dia, quando coadministrados com rifampicina, é bem tolerado em pacientes com tuberculose.

A tuberculose em pessoas que vivem com HIV é uma das condições de maior impacto na mortalidade pelas duas doenças no país. Essas pessoas têm maior risco de desenvolver a tuberculose, e muitas vezes, só têm o diagnóstico da infecção pelo vírus durante a investigação/confirmação da tuberculose. A chance de uma pessoa que vive com HIV ter tuberculose é 25 vezes maior que uma pessoa sem HIV.

O diagnóstico precoce de infecção pelo HIV em pessoas com tuberculose e o início oportuno do tratamento antirretroviral reduzem a mortalidade. Portanto, o teste para diagnóstico do HIV (rápido ou sorológico) deve ser ofertado a toda pessoa com diagnóstico de tuberculose.

Caso o resultado da testagem para HIV seja positivo, a pessoa deve ser encaminhada aos serviços especializados, e que sejam mais próximos de sua residência para dar continuidade ao tratamento da tuberculose e iniciar o tratamento da infecção pelo HIV.

(Com informações do Ministério da Saúde)