Começa nesta quarta-feira, 10, a campanha nacional de vacinação contra a gripe. O mutirão contra o vírus Influenza será entre os dias 10 de abril e 31 de maio e ocorrerá em duas etapas. No dia 4 de maio, ocorrerá o Dia D de vacinação, quando os postos funcionarão no sábado, das 8h às 17h.

Na primeira fase da campanha, a prioridade será vacinar crianças de 1 ano a menores de 6 anos de idade, além de gestantes e puerpérias (com até 45 dias após o parto). Idosos, profissionais da saúde e professores, pacientes com doenças crônicas, povos indígenas, adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e presidiários serão vacinados após o dia 22 de abril. Segundo o Ministério da Saúde, a meta é vacinar pelo menos 90% desse público.

Em todo o Brasil foram registrados 212 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza. Foram 39 óbitos. No Estado de São Paulo foram registrados 11 casos, mas não há registros de óbitos.

Quem foi imunizado no ano passado, deve tomar a vacina novamente neste ano, tendo em vista que a vacina precisa ser reformulada para proteger contra as cepas do vírus que estão em circulação.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as doses trivalentes devem conter vírus similares ao influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09, influenza A/Switzerland/8060/2017 (H3N2) e influenza B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87).

Para as doses quatrivalentes, deve ser incluído o vírus similar ao vírus influenza B/Phuket/3073/2013 (linhagem B/Yamagata/16/88). Essa vacina é oferecida na rede privada.

No Estado de São Paulo, a expectativa é imunizar 90% da população-alvo de 13,2 milhões de paulistas contra o vírus.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, a meta é atingir a cobertura vacinal mínima de 90% entre os grupos prioritários – ou seja, mais de 4,9 milhões de idosos (pessoas com 60 anos ou mais), aproximadamente três milhões de crianças com idade a partir de seis meses e menores de 6 anos de idade; 1,3 milhão de profissionais de saúde; 451 mil gestantes e 74 mil puérperas, além de pessoas com comorbidades, como asma, diabetes, imunodeprimidos e outros.

As ações serão desenvolvidas em mais de 11,4 mil postos de vacinação em todo o Estado, entre postos fixos e volantes, com a mobilização de mais de 39 mil profissionais.

Antecipação

De acordo com o Ministério da Saúde, o mutirão será iniciado 15 dias antes das campanhas realizadas nos anos anteriores. No Amazonas, a mobilização teve início em 20 de março, pois o Estado começou a apresentar casos e óbitos pela doença a partir de fevereiro.

O Ministério informou que, em 2018, foram registrados 17 casos e três mortes por influenza no Estado, dos quais um caso e um óbito foram por H1N1. Neste ano, até março, foram confirmados 138 casos de H1N1 – 28 pessoas morreram com a doença.