Morte de professor com suspeita de H1N1 assusta pais de alunos na Capital

Foi internado na manhã de domingo

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Foi internado na manhã de domingo

O professor de filosofia Edevaldo Souza Prado, de 57 anos, morreu na Santa Casa de Campo Grande com suspeita de ter sido vítima do vírus Influenza H1N1. Edevaldo foi internado com sintomas da doença na manhã de domingo (15) e morreu por volta do meio dia do mesmo dia.

De acordo com a Santa Casa, o professor foi internado para o tratamento de uma pneumonia no CTI (Centro de Terapia Intensiva) . Ainda segundo o hospital, o resultado da causa da morte deve sair na manhã desta quarta-feira (18).

Edevaldo era professor da escola de tempo integral Escola Estadual Amélio de Carvalho Baís. “Este professor na sexta-feira (13) deu aula para mais de cem alunos, ele estava tossindo e espirrando muito. A escola ficou exposta e não foi feito nenhum acompanhamento pela secretaria de saúde”, disse um dos pais de alunos que entraram em contato com a reportagem.

Caso seja confirmado, este seria o décimo sexto caso de morte causada pelo H1N1 em Mato Grosso do Sul. Os casos registrados até o momento são de cinco mortes em Campo Grande; 1 em Aquidauana; 1 em Corumbá; 1, Coxim; 1, Juti; 3 em Naviraí; 1 em São Gabriel do Oeste e 2 em Três Lagoas.

Naviraí

Escolas públicas e o Fórum de Naviraí, distante 348 quilômetros de Campo Grande, vão interromper as atividades por conta do risco de epidemia de H1N1. Apenas neste ano, três pessoas morreram vítimas da doença no município. As delegacias de Polícia Civil também devem reduzir o atendimento.

De acordo com o chefe de gabinete da Prefeitura, Soares Filho, na manhã desta terça-feira (17) o prefeito, Léo de Mato (PSD), participou de uma reunião com gestores municipais e decidiram antecipar as férias escolares.

A decisão também foi aceita pela secretária de Estado de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta. A partir desta quarta-feira (18), cerca de 15 mil alunos das escolas públicas e creches do município entrarão de férias.

“Vamos antecipar as férias de julho. Serão 15 dias sem aula, mas se neste período não reduzir o número de casos de H1N1, teremos de estender o prazo”, afirma.

O chefe do Executivo municipal deve pedir que as escolas e universidades particulares também antecipem as férias. “Como não podemos determinar, o prefeito vai sugerir que façam o mesmo”, declara.

Além das escolas, o juiz Paulo Roberto Cavassa suspendeu o atendimento ao público externo, audiências e sessões de mediação, até a próxima sexta-feira (20).  Conforme o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, Edson Obeda, os atendimentos serão agendados caso haja aglomeração de pessoas. Boletins de ocorrências que podem ser feitos pela internet, não serão registrados no local. As emissões de RG (Registro Geral) também foram suspensas. A previsão é de que a situação seja normalizada na segunda-feira (23).

Sintomas e cuidados

De acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), os sintomas da doença são: febre, tosse, dor de garganta e dores nas articulações, musculares ou de cabeça. Ao apresentar esses sinais, a SES orienta que a pessoa procure atendimento médico.

Veja algumas orientações da para diminuir a circulação dos vírus:

– Higienizar as mãos com frequência;

– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;

– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;

– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

– Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;

– Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social;

– Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com

aglomeração;

– Evitar visitas a hospitais;

– Ventilar os ambientes.

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