Posicionamento foi contrário ao atendimento emergencial para custeio

Segue a indefinição sobre o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de garantirem o apoio dos custos com custeio na Santa Casa. A Administração do hospital voltou a recusar na terça-feira (28) a proposta do Executivo municipal que se colocou à disposição para repassar R$ 3 milhões mensalmente por mais dois meses à instituição. 

Já o Governo do Estado exige a seja feita uma auditoria no hospital antes de se comprometer a fazer repasses adicionais. Caso venha a colaborar com o custeio da Santa Casa, após a avaliação, os Poderes Executivo do Estado e do município de Campo Grande dividiriam os aportes necessários para garantir a viabilidade econômica da Santa Casa.

“Ao longo dos últimos quatro meses, em um esforço para manter ativo o hospital – que é referencia no atendimento de média e alta complexidade não só para a Capital, mas para todos os municípios de Mato Grosso do Sul – a Prefeitura de Campo Grande bancou sozinha, com recursos próprios, a suplementação mensal de R$ 3 milhões”, diz uma nota da Assessoria da Prefeitura divulgada na terça-feira (29).

“Ao longo de 2014 a Prefeitura fez sucessivas articulações junto ao Ministério da Saúde para reivindicar um aumento do teto financeiro do hospital. Em novembro do ano passado, como o Ministério da Saúde não atendeu à solicitação de aumento em R$ 4 milhões do teto financeiro do hospital (que é de pouco mais de R$ 13 milhões), a Prefeitura, para garantir a continuidade no atendimento à população, concordou em manter emergencialmente o repasse adicional de R$ 3 milhões. Na época, havia o compromisso do Governo do Estado de que, a partir de fevereiro, daria sua contrapartida neste esforço conjunto, o que não ocorreu”, complementa o Executivo Municipal sobre o impasse

Verbas

Atualmente, a Santa Casa recebe por mês R$ 18.570.000,00. Deste total, o Estado participa com R$ 1.570.000,00; o município contribui com R$ 4.217.000,00 e o Ministério da Saúde libera R$ 13.068.497,86 para pagar os procedimentos médicos realizados. Pelos cálculos da instituição, esta conta não fecha. Seu custo mensal, hoje seria em torno de R$ 19 milhões.
Da parcela liberada pelo Estado e a Prefeitura, R$ 1,5 milhão (R$ 750 mil de cada um) não são usados no custeio, mas são reservados ao pagamento de parcelas de um empréstimo contratado em 2013 junto à Caixa Econômica Federal no valor de R$ 84 milhões, usado no pagamento de dívidas de curto prazo.