O objetivo maior é garantir a sustentabilidade do sistema de saúde

O presidente da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), Ricardo Ayache, coordenou na manhã desta terça-feira (14), um painel no “6º Seminário Unidas – Economia da Saúde e Gestão”, realizado em Brasília. Além de Ayache, participaram do evento palestrantes de renome nacional, como a Dra. Raquel Marimon e o Dr. Hélio Mazza.

O debate proposto pela Unidas, instituição que congrega as entidades de autogestão do país, discutiu, amplamente, o questionamento que representa a preocupação na gestão dos planos de saúde: “Na sociedade atual, a lógica do mutualismo garante a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar?”.

Após o debate, o painel concluiu pela premente necessidade de revisão dos modelos de gestão, a fim de evitar a ruína do sistema de saúde suplementar no país, que, atualmente, tem caráter substitutivo da obrigação pública constitucional, e não suplementar, como conceituado na legislação vigente.

Segundo Ayache, os participantes do painel discutiram os grandes desafios do sistema de saúde, que são a profissionalização da gestão, o envelhecimento populacional e as crescentes inovações tecnológicas, que levam a um aumento exponencial dos custos assistenciais.

“Nós debatemos várias alternativas, como a profissionalização constante da gestão em saúde, a mudança do modelo de assistência à saúde, passando de um modelo curativo para o preventivo, e buscar de forma intransigente, a melhora da qualidade da assistência à saúde oferecida aos usuários dos planos de saúde. Tudo isso passa por um amplo e transparente diálogo com todos os profissionais de saúde e com os prestadores de serviços”, explica Ayache.

Ainda de acordo com o presidente da Cassems, o diálogo entre todos os atores da assistência à saúde é um dos pontos, porém, as mudanças para dar sustentabilidade ao modelo agregam outras ações. “A boa gestão de um plano de saúde contempla uma verdadeira assistência à saúde, e não apenas a doença. Este caminho também envolve a orientação e conscientização dos usuários na responsabilidade do equilíbrio financeiro do plano, em razão da limitação dos recursos. Todas essas reflexões foram propostas para a mudança de paradigma para a sustentabilidade do sistema mutualista, o qual não poderá seguir a atual lógica de financiamento de despesa assistencial. O objetivo maior é garantir a sustentabilidade do sistema de saúde”, finaliza Ayache.