Pesquisa colombiana descobre planta eficiente no tratamento da hipertensão

A planta foi descoberta pelo laboratório através de pesquisas sobre espécies nativas

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A planta foi descoberta pelo laboratório através de pesquisas sobre espécies nativas

Um estudo feito pelo laboratório fitoterápico Aral Thel em parceria com a Universidade do Quindío indica que uma espécie de planta colombiana pode ser eficiente no tratamento da hipertensão.

Há três anos, o Aral Thel, instalado na cidade de Calarcá, se juntou com a universidade para desenvolver a pesquisa, apoiada também pelo Departamento Administrativo de Ciência, Tecnologia e Inovação (Colciencias).

A planta foi descoberta pelo laboratório através de pesquisas sobre espécies nativas, realizadas há 25 anos e partir das quais a companhia desenvolveu remédios também à base de frutas e verduras.

Essa planta pode representar uma nova alternativa no tratamento da hipertensão, que mata 9,3 milhões de pessoas por ano no mundo. No entanto, a toxicidade da espécie ainda está sendo testada.

A empresa preferiu manter o nome da planta em sigilo até o final da pesquisa, a fim de preservar o segredo industrial.

“Inicialmente descobrimos que a planta tem uma ação importante contra a hipertensão e pode até superar os remédios mais usados no tratamento dessa doença”, declarou à Agência Efe Lucena Bustamante, diretora-executiva do Aral Thel.

“Se os testes comprovarem que a planta não é tóxica, poderemos propor sua inclusão no vade mecum colombiano e avançar na obtenção do primeiro extrato natural contra a hipertensão”, afirmou Lucena.

O laboratório produz extratos, geleias e xaropes para o tratamento de lúpus, psoríase, dores de cabeça, fibromialgia, artrose, cardiopatias, artrite, psicose, doenças autoimunes, infecções pulmonares, renais e circulatórias, entre outras doenças.

“A união bem sucedida entre uma empresa e uma universidade é possível. A riqueza da flora da Colômbia pode ser aproveitada com toda segurança, há uma quantidade enorme de elementos medicinais ainda desconhecidos”, afirmou a diretora-executiva sobre a possibilidade de um resultado positivo da pesquisa.

Em 2009, o Aral Thel se tornou o segundo laboratório fitoterápico certificado pelo Instituto Nacional de Vigilância de Remédios e Alimentos (Invima). Atualmente, a empresa comercializa seus produtos em todo o país e, em 2014, fechou o ano com um faturamento de cerca de R$ 1,9 milhão.

Com capacidade de produção de 25 mil medicamentos mensais, a companhia prevê um plano de expansão para 2016, quando pretende iniciar as primeiras exportações para os países vizinhos.

A diretora-executiva disse ter interesse em exportar para o Peru, por exemplo, mas afirmou que a companhia ainda está se preparando para este passo, porque para isso, “é preciso ter segurança sobre a capacidade, disponibilidade e qualidade das matérias-primas”.

Segundo Lucena, o principal objetivo da Aral Thel é investir em novas pesquisas que possibilitem o desenvolvimento de medicamentos eficientes no tratamento de doenças crônicas.

 

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