Especialistas indicam que a carne vermelha tem valor nutritivo e está liberada em três refeições por semana

Especialistas brasileiros em câncer afirmam que, embora esteja correta a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de diminuição no consumo de carnes processadas e vermelhas, a ingestão desses alimentos não deve ser tratada como único fator responsável pelo desenvolvimento da doença.

“Não é preciso banir o alimento da dieta. O surgimento do câncer tem fatores genéticos e ambientais, como a alimentação, mas também o cigarro, a obesidade. Não é só comer ou não comer carne Não é uma matemática”, afirma Fábio Guilherme Campos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.

Segundo o especialista, estudos já mostraram que carnes processadas ou vermelhas aumentam o risco de câncer colorretal, mas outros fatores devem ter o mesmo peso na prevenção. “Já está provado, por exemplo, que o consumo de 25 a 35 gramas diários de fibras protege contra o câncer de intestino. Tão importante quanto reduzir a carne é ingerir mais legumes, frutas e verduras”, diz o médico. Para alcançar a quantidade recomendada de fibras é necessário comer um prato de legumes e uma fruta diariamente.