A Prefeitura não repassou R$ 15 milhões ao hospital

Em nota, a Santa Casa de Campo Grande informou que entra em estado crítico neste de semana. O motivo são as verbas que totalizam R$ 15 milhões, que a Prefeitura não repassou. Isso, ainda segundo a nota emitida pelo hospital, impossibilita efetuar o pagamento de e causa a falta de medicamentos e materiais hospitalares.

De acordo com Associação Beneficente, o colapso no atendimento do maior hospital do Estado foi comunicado hoje às autoridades da área da Saúde, tanto estadual quanto municipal, Ministério Público e demais segmentos ligados ao setor pela, mantenedora da Santa Casa.

O estoque de gaze medicinal, soro, seringas, agulhas, material de desinfecção de leitos e de alguns medicamentos imprescindíveis, como antibióticos, está praticamente zerado, foi informado. Inclusive fornecedores que entregavam insumos ao hospital assim que recebiam pagamentos em atraso, deixaram de atender o hospital e agora exigem pagamento a vista.

“As condições mínimas de atendimento estão no limite”, informou o presidente da ABCG Wilson Teslenco, às autoridades e gestores públicos da saúde na tarde desta sexta-feira. Por conta do não pagamento das dívidas em atraso que a prefeitura tem com o hospital, as cirurgias eletivas estão suspensas há uma semana. Mesmo assim, em função do aumento do número de pacientes na urgência, a lotação não diminui.

“Toda a assistência à saúde está comprometida e chegamos a uma situação de caos em que leitos que acabaram de ser desocupados não podem ser utilizados por outros pacientes pelo fato de não termos como promover a desinfecção”, lamenta Wilson Teslenco, ao explicar que “a assistência está sendo adaptada ao volume de material disponível, ou seja, estamos reduzindo o atendimento”.

A Santa Casa também informou que vem pedindo medicamento emprestado ao Hospital Regional para poder atender determinados casos. Neste fim de semana, segundo Wilson Teslenco, o hospital chega a um estado crítico em função da falta de recursos financeiros e a conseqüente redução dos insumos.

A prefeitura deve ao hospital R$ 15,6 milhões e ficou de liberar parte deste montante nesta sexta-feira, o que até as 17h não havia ocorrido. “A Santa Casa está literalmente pedindo socorro, pois não temos de onde tirar dinheiro para manter o atendimento à população”, finalizou Teslenco.