Incêndios em carros normais são resolvidos com “simples” uso de extintor e reboque, mas um incêndio num carro híbrido é muito mais complicado de ser combatido. A afirmação foi confirmada pelos bombeiros da Zona de Emergência Leste, na Bélgica, quando os mesmos foram chamados para apagar o fogo de um carro elétrico. 

O problema é tão grave que veículos elétricos acidentados correm o risco de pegar fogo novamente horas ou até dias depois do início da falha. E, por isso, o procedimento para a extinção das chamas é tão radical.

Chegando ao local, a equipe encontrou as chamas em forte desenvolvimento, o que apontou para a fuga térmica da bateria. “Isto acontece quando a temperatura de uma célula de bateria aumenta consideravelmente”, disseram os bombeiros em publicação no Facebook.

Depois de apagar as chamas, foi necessário refrigerar o veículo abundantemente e colocá-lo num recipiente especial de imersão em água.

Conter incêndio de carros elétricos é bem mais trabalhoso (Foto: Hulpverleningszone Oost)

 

Por quê?

“Afinal, uma bateria que está danificada pode pegar fogo novamente mesmo após um resfriamento abundante devido a uma reação química. Para parar esta reação, é necessário refrescar a peça por um longo tempo”, explicou a equipe em sua página no Facebook.

Para isto, um recipiente especial é utilizado para que o veículo possa estar imerso durante um período prolongado de tempo, evitando, assim, maiores riscos e danos.

O tanque com água é colocado num estacionamento remoto. Assim que o carro perde completamente o calor, é removido do contentor e transportado para algum revendedor de sucatas.

“Não por causa da imersão, mas porque um carro desse fica completamente destruído quando a bateria pega fogo de qualquer jeito”, esclareceram os bombeiros na publicação.